sexta-feira, 30 de junho de 2017

Toxoplasmose


Quem nunca ouviu falar na tão temida Toxoplasmose? Existe um enorme mito que gira em torno desse tema, culpando principalmente os gatos domésticos como responsáveis pela transmissão da doença. Vários animais podem transmitir essa patologia, no entanto a sociedade culpou os felinos de uma forma tão exagerada, que chamaram a doença popularmente de “Doença dos gatos”. Essa moléstia é causada por um parasita, chamado Toxoplasma gondii, que por sua vez merece bastante atenção, já que é classificado como uma zoonose (Doença transmitida do animal para o ser humano). Ao contrário do que muitos acreditam, os gatos são responsáveis apenas por 1% das infecções em seres humanos, pois essas só acontecem quando a pessoa entra em contato com as fezes dos gatos, isto é, o tutor precisa ingerir os oócitos para se infectar. Vale ressaltar que mesmo o gato sendo infectado as chances são muito pequenas, já que as fezes devem ficar pelo menos vinte e quatro horas no ambiente para serem esporuladas e se tornarem infectantes.

Comparado às outras causas de transmissão, o gato é uma figura não muito importante nesse comparativo. Para um gato ser infectado com o Toxoplasma gondii, o mesmo deverá ingerir também oócitos desse parasita. Normalmente, isso ocorre em animais que são acostumados a comer carne crua ofertadas pelo seu tutor. Existem pesquisas que afirmam que carnes, como por exemplo, suína e ovina são mais propensas ao aparecimento de Toxoplasma. Qualquer animal pode transmitir a Toxoplasmose para o ser humano, desde que a carne desses animais seja consumida de forma errônea.

Quando as mulheres estão grávidas ou estão em risco de engravidar, muitos médicos pedem que a gestante, ou futura gestante, procure não manter nenhum contato com o pet, alegando um grande risco à saúde do filho que a paciente carrega. Esquecendo, na maioria das vezes, de alertar sobre as principais fontes de contaminação que acontecem através da alimentação. A Toxoplasmose pode ser transmitida de forma congênita, quando a mãe passa a doença para o filho no momento da gestação. Isso ocorre tanto nos seres humanos quanto nos animais. Existem casos em que o feto não é infectado pelo Toxoplasma gondii durante a etapa intra-uterina, porém é sempre importante a investigação minuciosa.

No caso dos seres humanos, a maior causa para a infecção da Toxoplasmose é a alimentação consumida de forma inadequada. Existem milhares de pessoas que não dispensam uma carne mal passada e verduras sem uma higienização correta. É de suma importância que a aquisição da carne seja feita em um local autorizado e que tenha um médico veterinário responsável pela inspeção dos produtos de origem animal. Tutores que gostam de ofertar carne ao felino, devem obedecer ao mesmo critério de aquisição desse alimento. É importante que todo utensílio culinário, como por exemplo: Garfo, faca, tábula de corte e etc, devem ser devidamente higienizados na troca de manuseio de cada verdura e carne, ou seja, jamais utilize um só utensílio para várias peças de carne, verduras e frutas.

Muitos tutores têm o interesse de saber quando um animal é portador ou não de toxoplasmose através dos sinais clínicos aparentes. O que muitas pessoas não sabem, é que o animal pode apresentar a doença de forma assintomática, isto é, o gato está aparentemente normal, no entanto pode transmitir a doença. Alguns gatos, como dito anteriormente, podem nascer já com a toxoplasmose, e nesses casos, quando não morrem dias depois do parto, podem apresentar um quadro totalmente assintomático. Os felinos que adquirem a doença na sua fase adulta, normalmente são animais que tem deficiências imunológicas, favorecendo o desenvolvimento da moléstia no organismo. Os animais que apresentam a doença de forma assintomática podem apresentar os seguintes sinais, tais como: Dificuldade respiratória; Ascite (acúmulo de líquido no abdômen); Problemas hepáticos; Desidratação; Linfadenopatia (ínguas espalhadas pelo corpo do pet); Uveíte; Inapetência ou anorexia; Aborto; Problemas neurológicos, como: Tremores e convulsões; Letargia; Depressão, em casos mais graves, morte do animal.

Nos seres humanos os sintomas são muito semelhantes ao do gato. Os sinais clínicos mais encontrados nos seres humanos, são: Perda da acuidade visual, que pode levar a cegueira total de um olho ou ambos; Fadiga (cansaço); Dores generalizadas pelo corpo; Manchas espalhadas na pele e febre. Qualquer alteração semelhante a essas, é importante que o médico seja o mais rápido possível consultado.

O diagnóstico para a toxoplasmose em gatos é feito através de uma anamnese feita por um médico veterinário. Consequentemente, o profissional irá fazer um exame clínico minucioso no animal. Independentemente se o pet apresente ou não os sintomas semelhantes aos portadores de toxoplasmose, o médico veterinário, na maioria das vezes, requer exames específicos para que o diagnóstico seja fechado de uma forma correta. Nos exames laboratoriais exigidos pelo profissional é avaliado o anticorpo anti-T gondii.

O tratamento de felinos portadores do parasita Toxoplasma gondii é feito através de uma terapia medicamentosa escolhida pelo médico veterinário de sua confiança. De forma alguma esse tratamento pode ser feito por leigos. Muitos tutores se consultam com balconistas de petshops, que acabam passando remédios totalmente errôneos, prejudicando ainda mais a saúde do gato.

Existem fatores que podem evitar problemas maiores, tanto para os animais quanto para os seres humanos. Podemos citar algumas formas de prevenir a Toxoplasmose, tais como: Primeiramente, nunca coma e nem ofereça ao gato carne mal passada ou crua; Lave bem sempre as frutas e legumes que irão ser consumidas; Os talheres devem sempre estar limpos; Ao limpar as caixas de areia do gato, utilize luvas de proteção e despeje-a em um local seguro, juntamente com a areia; Comprar carne devidamente inspecionada por um médico veterinário; Antes de resgatar um gato de rua, leve-o para um exame clínico com um profissional devidamente habilitado; Se possível não entre em casa com sapato da rua; Evite roer a unha; Sempre lave aos mãos antes das refeições; Leve seu animal rotineiramente a uma clínica veterinária.


Fonte: Portaldocat

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Sinais de doenças cardíacas em pets


O coração de um cachorro possui estrutura parecida com a do ser humano. Por isso, assim como em humanos, os pets necessitam de alguns cuidados e muita atenção a alguns sintomas, que podem indicar doença cardíaca. Problemas cardiovasculares possuem como fator determinante a idade: quanto mais idosos, mais frágeis ficam os animais. 

Pensando nisso listamos alguns sintomas clínicos que podem auxiliar no diagnóstico da doença e, principalmente, no tratamento precoce.

Tosse: a tosse é um sintoma comum de muitas doenças, mas é preciso ficar atento à junção dos outros sinais.

Fraqueza e isolamento: esses sintomas podem estar aliados a outros, como a perda de apetite e a mudança comportamental. Por isso, vale a pena ficar atento.

Problemas respiratórios: se houver a modificação no padrão de respiração do animal, é necessário acender a luz de alerta, pois doenças do coração causam dificuldade para respirar, falta de ar ou respiração acelerada.

Perda de apetite: a falta de apetite do cão ou gato é um sintoma comum de muitas doenças, no entanto, associado a outros fatores, torna-se determinante para o diagnóstico da doença cardíaca.

Mudança comportamental: indisposição para brincar, cansaço e semblante deprimido também são pequenos sinais que podem indicar uma doença cardíaca. Permaneça sempre em alerta para as mudanças de comportamento do seu pet.

Alteração no peso: quando o pet perde muito peso repentinamente, é preciso levá-lo ao veterinário, pois pode ser sinal de uma doença cardíaca já em desenvolvimento. Da mesma forma, o falso ganho de peso, atribuído pelo excesso de líquido retido, devido à insuficiência cardíaca, também é um sinal de alerta para o dono e, quando associado a outros sintomas, podem auxiliar na identificação da doença.

Inquietação: a dificuldade em dormir e a inquietação também podem indicativos de doença cardíaca, já que dão sinal de que o pet está sentindo algum incômodo.

Perda de consciência: desmaios são sinais graves, mesmo que temporários. Nesses casos, é primordial levar o pet ao médico veterinário imediatamente, pois pode ser sinal de muitas doenças graves.

Sintomas graves: inchaços no abdômen (edemas), nas extremidades do corpo e acúmulo de líquido nos pulmões são sintomas sérios e precisam ser acompanhados de perto por um médico veterinário.

É importante destacar que qualquer modificação na rotina do dia a dia do animal deve ser identificada e anotada, para informar ao médico veterinário. Assim, o pet pode realizar os exames necessários e receber o tratamento com antecedência, prevenindo o agravamento da doença.


segunda-feira, 26 de junho de 2017

Hiperatividade também afeta os cães


A hiperatividade canina, assim como a humana, tem causas fisiológicas, revelam estudiosos da Universidade de Helsinque, na Finlândia. Eles descobriram que os cachorros ligados no 220 apresentam níveis baixos de triptofano, aminoácido que é matéria-prima de neurotransmissores por trás da sensação de bem-estar.

O desafio, contudo, é diferenciar a condição de uma agitação natural ao bicho ou à raça. Muitas famílias adquirem pets que são inadequados para o perfil da casa. Agora, diante de uma inquietação extrema, é bom investigar, pois alguns cães parecem hiperativos, mas possuem outro problema, como distúrbios hormonais.

7 comportamentos de um cachorro hiperativo

– Ser agressivo

– Não obedecer a comandos

– Latir sem parar

– Ter excesso de dominância

– Correr atrás do rabo com frequência

– Não permitir carinhos

– Ficar agitado mesmo sem estímulos
 
Como lidar com a hiperatividade canina
 
Exercícios

O cachorro precisa gastar a energia além da conta – por isso, é essencial colocar o bicho para se mexer.

Desafios

Uma técnica é colocar um petisco em uma garrafa pet. Assim, o animal tem mais dificuldade para acessar o agrado.

Adestramento

Quanto mais cedo, melhor: o cão que vai para o centro de treinamento se torna mais sociável e educado.

Remédios

Existem opções, mas só devem ser usadas sob orientação do veterinário. E não substituem os cuidados anteriores.
 
 
 
Fonte: Saúde

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Inverno para pets: respostas a algumas perguntas comuns


É hora de tirar os agasalhos do fundo do armário, em preparação para a estação mais fria do ano. Ainda que nossa região não sinta de maneira tão abrupta como em outros locais do Brasil e do mundo as quedas da temperatura com a chegada do inverno, há sim mudanças relacionadas ao clima que podem afetar tanto humanos quanto os pets. Mas para não cair na desinformação e acabar perpetuando algumas ideias que nem sempre são do jeito que comumente ouvimos falar, que tal revermos algumas dúvidas comuns sobre o inverno para os bichinhos?

Meu pet estará mais propenso a doenças nessa época?

O inverno é, efetivamente, uma estação mais propensa àquelas doenças típicas das baixas temperaturas. Por isso, é importante preparar os pets para passarem pela estação com um bom estado imunológico e condição corporal, principalmente colocando as vacinas e vermífugos em dia. No caso de filhotes e idosos (menos resistentes que os pets adultos), portadores de doenças crônicas e algumas outras doenças específicas (como leucemia felina ou imunodeficiência, cardiopatias ou doenças do aparelho locomotor), o alerta deve estar ainda mais ligado durante o período, já que o frio pode agravar os quadros.

Sintomas parecidos com o da gripe a que estamos habituados também devem ser observados nos amigos: tosse, coriza, dificuldade para respirar, febre, cansaço… Algumas das doenças mais recorrentes no inverno são: traqueobronquite infecciosa canina, bronquite e rinotraqueíte felina, cinomose, doença do trato urinário interior felino (DTUIF) e artrose/artrite.

Devo parar de tosá-lo?

Como sabemos, a pelagem não está nos pets à toa – ela é um ótimo isolante térmico natural. Justamente por ser natural, médicos veterinários em geral recomendam evitar durante os dias mais frios as tosas muito baixas, que retirarão a proteção do próprio corpo. Mas vale lembrar que as tosas higiênicas são importantes para manter a limpeza em dia, principalmente para os cães mais peludos, portanto considere não abrir mão delas.

Preciso oferecer mais comida?

Muita calma nessa hora! É comum que os tutores, mesmo não mal intencionados, ofereçam mais comida que o necessário para os bichos, e no inverno isso pode se intensificar. O fato é que o frio pode até pedir, sim, uma adaptação metabólica e corporal, mas isso vale para locais e dias muito frios e exposição efetiva, quando é necessário um maior consumo energético para preservar a temperatura corporal (daí a importância de um pet bem alimentado). Mas em geral, isso não é motivo para exagerar no fornecimento de alimentos, especialmente nas regiões tropicais – a obesidade é um problema sério que precisa ser evitado.

Posso usar roupinhas e sapatinhos para aquecê-los?

Esse assunto pode ser um pouco polêmico. Na dúvida, o ideal é fazer o que sente ser mais apropriado para o seu pet, acompanhando bem de perto como ele se sente com as roupinhas ou os sapatos. Há cães e gatos que não aguentam um minuto sequer com as roupas; nesse caso, não vale a pena causar o desconforto. Mas se o seu pet tem pelagem curta e lida bem com o acessório, pode ser útil colocar, em dias bem frios, um look confortável nele (evite lã e tricô e verifique bem se as costuras não estão muito apertadas no pescoço e patas).

Já com relação aos sapatinhos e meias, há quem diga que não são uma boa ideia. As patas dos cachorros possuem o formato e características que os pets precisam e, de forma geral, pode não ser proveitoso para eles “vedar” o contato das patas com as superfícies, já que sua própria anatomia é pensada para que o cão suporte o contato com o solo – a falta do contato pode inclusive atrapalhar seu equilíbrio. As patas estão relacionadas não somente com os passos: você sabia que os pets também transpiram pelos coxins, as “almofadinhas” localizadas nas patas? Por tudo isso, talvez não seja interessante tampar a região, a não ser que haja uma situação específica em que a vedação possa ser útil.

Paro de passear com ele?

As caminhadas são a melhor maneira de, junto com uma alimentação balanceada, evitar a obesidade e ainda ajudar com ansiedade, agitação e estresse. Se o dia não for de chuva, não há por que privar os cães de passeios, nas horas mais amenas do dia.

Com a chegada do friozinho, considere reforçar a cama dos cães e gatos com tecidos quentinhos e até mesmo colocar um revestimento de borracha ou um estrado entre a cama e o chão.



terça-feira, 20 de junho de 2017

Hiperadrenocorticismo em cães


O Hiperadrenocorticismo, ou também conhecido como Síndrome de Cushing é uma moléstia de origem endócrina. O organismo dos animais, assim como os nossos, têm várias glândulas que secretam hormônios para a corrente sanguínea, desempenhando várias funções importantes para um bom funcionamento do metabolismo. Em muitos casos, no sistema endócrino, ocorre a hipofunção (trabalha lentamente) ou hiperfunção (trabalha em excesso) de uma determinada glândula. Dependendo da glândula afetada, altera um determinado funcionamento, fazendo com que cause anormalidades bem visíveis, como por exemplo: gigantismo, nanismo, obesidade, emagrecimento descontrolado, queda de pelo, entre várias coisas.

No organismo do animal, como no dos humanos, existe uma glândula que fica acima dos rins, chamada Supra-renal ou Adrenal. Essa, por sua vez, secreta hormônios, sendo os principais a Adrenalina e o Cortisol. No caso do Hiperadrenocorticismo, como o próprio nome diz, é a hiperfunção da supra-renal , ou seja, a glândula secreta o hormônio Cortisol de forma exacerbada na corrente sanguínea do animal, fazendo com que cause sérios danos ao mesmo.

As causas principais que, geralmente, levam a essa alteração hormonal, podem ser o uso de remédios que sejam corticóides de forma descontrolada e sem o acompanhamento de um profissional ou um tumor na glândula Adrenal.

Os pacientes endócrinopatas, que sejam portadores do Hiperadrenocorticismo, podem apresentar sintomas bem típicos, porém, muitas vezes, semelhantes a outras doenças. Os sinais clínicos observados nessa doença, são:

O animal apresenta perda de pelo (alopecia) em todo o corpo, com exceção da cabeça e membros;

Ocorre o aumento de apetite;

O consumo de ingestão de líquido aumenta;

 Aumento abdominal significante em formato pendular;

 Aumenta o volume urinário;

 Perda muscular;

– Em alguns casos, presença de Diabetes;

– Cansaço a qualquer esforço e etc.

O diagnóstico deve ser feito por um médico veterinário, de preferência um especialista em Endocrinologia. Deve ser feito um exame clínico bem detalhado, acompanhado de uma boa anamnese. O diagnóstico é fechado com exames laboratoriais específicos para diagnósticos hormonais. O uso de aparelho ultrassom ou de aparelho de raio-X pode ser uma boa escolha, pois assim é possível descartar qualquer tumor na glândula Adrenal. É importante que os exames sejam pedidos juntos, para que haja um diagnóstico certo do que causou essa alteração.

O tratamento para a Síndrome de Cushing em cães é escolhido pelo médico veterinário responsável pelo caso. Normalmente é feita uma terapia medicamentosa adequada, porém é avaliado o medicamento a ser eleito e as dosagens a serem empregadas para cada situação, com base na situação de saúde do animal. O tratamento é complexo e requer um tempo bastante longo. Em casos de tumores na glândula Supra-renal, é feita, na maioria das vezes, a remoção cirúrgica. Normalmente, depois do tratamento, o sinais clínicos da Síndrome de Cushing desaparecem. Porém, em alguns casos, a sintomatologia volta a ser observada depois de um certo tempo.

A prevenção para essa patologia é basicamente a ida rotineira a um médico veterinário. Qualquer anormalidade que apareça no seu cão deve ser informada a um profissional para uma avaliação imediata.



Fonte: Portaldodog

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Seu bicho não para de se lamber? Pode ser depressão



Com o crescimento e a verticalização dos centros urbanos, doenças observadas nos seres humanos são cada vez mais detectadas também em seus animais de estimação. Isso porque algumas condições, como a obesidade e a depressão, podem ter correlação direta com hábitos pouco saudáveis e comuns nas grandes cidades. O sedentarismo é um deles.


No caso dos pets, a troca do quintal da casa por um apartamento com espaço reduzido para brincar e se exercitar pode se tornar um problema. Passar o dia todo em um local de dimensões limitadas e sem estímulo à atividade física — somado ao tempo curto dos donos para lhes dedicar atenção — é um contexto determinante para que alguns bichos desenvolvam sinais depressivos. A depressão nos animais pode ser de difícil percepção uma vez que os sintomas são inespecíficos. Daí a importância de conhecer alguns comportamentos suspeitos e procurar o veterinário o mais rápido possível.

No mundo animal, diminuição de apetite, perda de peso e apatia indicam que algo não está bem. Outra manifestação importante é a chamada dermatite por lambedura. Nessa situação, o animal tem um comportamento compulsivo e fica se lambendo frequentemente, principalmente na região das patas. A lambedura repetida pode causar lesões na pele. Muitas vezes, é o único sinal de depressão.
Para se ter certeza de que o pet tem mesmo a doença, precisamos descartar, por meio de exames de sangue e imagem, outras possíveis causas para os sintomas identificados. Se o checkup apontar resultados normais e tivermos um histórico de problemas comportamentais — em uma situação de espaço reduzido e pouca atividade física, por exemplo — há indícios que levam ao diagnóstico de depressão.

A boa notícia é que, assim como nos humanos, a doença tem tratamento. E ele consiste na mudança de hábitos com impacto positivo na qualidade de vida, como a prática de exercícios físicos. Essas atividades são importantes aliadas porque estimulam a liberação de endorfinas, hormônios por trás da sensação de bem-estar. Para os cães, deve-se estimular a caminhada em passeios diários de 30 a 40 minutos de duração, todos os dias. Para os gatos, vale utilizar aparatos que os instigam a se movimentar — é o caso de canetas com laser e brinquedos com a erva “cat nip”, atrativa aos bichanos.

Quando exercícios e brincadeiras não surtem efeito completo na remissão do problema, podemos associar o tratamento a homeopatia ou remédios antidepressivos, com dosagem específica aos animais. Além disso, o tutor deve sempre dedicar parte do seu dia para fornecer atenção e carinho ao seu companheiro. Isso é essencial na superação de um momento difícil.


Fonte: Saúde

terça-feira, 13 de junho de 2017

Tuberculose em cães

A Tuberculose é considerada rara em cães, no entanto, por se tratar de uma zoonose, deve sempre ser prevenida.


Muitos já ouviram falar na temível Tuberculose, no entanto, a maior parte dessas pessoas não sabe ou acredita que não pode atingir os animais de estimação. Por mais estranho que pareça, os cães não só podem contrair a tuberculose, como também transmitir para outros animais e até para o ser humano. A Tuberculose é considerada rara em cães, no entanto, por se tratar de uma zoonose (doença transmitida dos animais para os seres humanos), deve sempre ser prevenida.

A Tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, porém esse microrganismo possui muitas variações. O subtipo que mais ameaça os cães é o Mycobacterium bovis, encontrado principalmente nos bovinos. A tuberculose pode acometer diferentes tipos de animais, como aves, mamíferos e répteis, no entanto, os cães são imunes as cepas da tuberculose aviária.

A transmissão da Tuberculose pode ocorrer de várias maneiras, no entanto, a tosse é classificada como a principal forma de propagação da doença. Quando um cão tosse, são expelidas gotículas de saliva contendo o agente infeccioso, com isso, as pessoas ou animais ao redor acabam inalando e contraindo a doença. Outra forma bastante comum é ingerir leite de vaca sem a inspeção de um profissional. As vacas tuberculosas transmitem a doença também pelo leite. Assim como os cães podem transmitir a doença para o homem, o ser humano também pode transmitir para o animal.

Os sinais clínicos da tuberculose em cães podem ser facilmente passados despercebidos, ou até mesmo acontecer de os animais não demonstrarem nenhum sinal de que possuem a doença. Muitas pessoas pensam que a tuberculose afeta unicamente o pulmão, porém na realidade ela pode acometer outras partes do corpo, tais como: Ossos, rins, meninges e etc. Quando a doença aparece de forma sintomática, ou seja, apresenta sintomas, podem surgir os seguintes sinais clínicos: Relutância a fazer exercícios físicos ou brincar; Tosse seca persistente; Perda de peso sem causa aparente; Dispnéia; Tosse com pus ou sangue; Prostração; Aumento na ingestão de água; Febre e entre outros.

Os sinais clínicos citados podem ser indicativos de outras doenças, por isso é importante a avaliação por um médico veterinário.

O diagnóstico é feito por um médico veterinário através de um exame clínico minucioso e exames complementares. O teste de Mantoux utilizado nos seres humanos pode não ser tão confiável em cães, por isso são utilizados outros exames para confirmação da doença. Exame radiográfico do pulmão e exames laboratoriais podem ajudar a fechar o diagnóstico de forma mais segura.

O tratamento da tuberculose é feito através de uma terapia medicamentosa de longa duração. Durante o tratamento, o cão ainda pode transmitir a doença para outros animais e até mesmo para as pessoas. Por conta disso, muitos tutores optam pela eutanásia do animal como medida de segurança. Quem decidirá se fará o tratamento ou não é o tutor.

A prevenção consiste na separação de cães ou do Homem que estejam em tratamento da tuberculose; Não colocar seu pet junto de animais que não se sabe a procedência; Tomar um cuidado maior com cães com patologias crônicas; levar o pet rotineiramente para uma avaliação por um médico veterinário.


Fonte: Portaldodog

sábado, 10 de junho de 2017

Osteomielite em cães


A Osteomielite é uma patologia encontrada facilmente na rotina de um médico veterinário. Como o próprio nome já diz, trata-se de uma inflamação em um ou mais ossos dos animais, que afeta mais precisamente a parte interna dos ossos (cavidade medular) e, se não tratada, pode levar o cão a óbito. A infecção nos ossos pode ser de origem fúngica ou bacteriana, sendo a última a mais comum de ser encontrada.

As causas para o aparecimento da Osteomielite em cães são diversas, porém na maioria dos casos, é decorrente a uma fratura óssea exposta, onde a bactéria ou fungo consegue entrar na medula óssea. As cirurgias ortopédicas também são fatores de risco para uma possível infecção, por isso todos os instrumentais e equipamentos devem estar estéreis.

Os sinais clínicos podem ser facilmente passados despercebidos pelo tutor do animal, já que alguns pets são mais fortes e não os demonstram totalmente, aparecendo somente em um grau mais avançado da doença. Os principais sinais encontrados, são: Claudicação no membro afetado (Manqueira); Dor na região ao ser tocado; Presença de Febre; Edema na região afetada; O animal pode apresentar apatia. Em casos de Osteomielite generalizada, o animal para de se alimentar, ou seja, não tem interesse pelo alimento; Perda de peso; Prostração, e em alguns casos, morte.


O diagnóstico deve ser feito unicamente por um médico veterinário de sua confiança. Além da anamnese e de um exame clínico minucioso, o profissional deverá requerer exames específicos para fechar o diagnóstico de uma forma mais segura e eficaz. O exame de sangue e o de imagem, como o raio X, são de imensa importância e, normalmente, são os primeiros a serem pedidos. A biópsia do osso não é tão utilizada, porém em casos mais complexos, pode ser necessária para fechar o diagnóstico. É importante esclarecer que, de todos os exames, a biópsia é a mais segura.

O tratamento para a Osteomielite dependerá do agente que ocasionou a infecção. O médico veterinário é o único profissional que está habilitado a prescrever medicações para animais, por isso é importante recusar opiniões de leigos, pois o quadro pode ser ainda mais agravado se for administrado um medicamento de forma errada. No caso da infecção ser decorrente de uma cirurgia ortopédica, normalmente é realizada nova cirurgia para remoção de placas e pinos. Quem decidirá o melhor tratamento é o médico veterinário de sua confiança.

A melhor prevenção para evitar a infecção é ter o cuidado de, no caso de um animal fraturar qualquer osso, fazer com que o mesmo seja levado imediatamente a uma clínica veterinária para a estabilização do quadro, para que, posteriormente, seja feita a cirurgia. Isso diminuirá as chances do surgimento de uma Osteomielite. Assim como qualquer outra doença, quando mais cedo for descoberta e tratada, mais chance o animal tem de recuperação.


Fonte: Portaldodog

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Fique atento à urina de seu gato!


Os gatos têm o sistema urinário como sinalizador de que as coisas não estão muito bem. Animais estressados, com a rotina alimentar desregrada ou que ingerem pouca água, por exemplo, em algum momento da vida podem manifestar sintomas de doença urinária. Conhecida como doença do trato urinário inferior (DTUIF) por acometer bexiga e uretra, este problema causa grande desconforto ao felino, que sente dor e fica inquieto e incomodado o tempo todo. O problema é tão frequente e envolve tantas variáveis com sintomas semelhantes que hoje se fala em síndrome urológica felina. Os gatos mostram sinais de dificuldade e dor ao urinar, aumento da frequência de micção e até sangue na urina. Os animais apresentam tendência a lamber a área genital excessivamente, na tentativa de minimizar o desconforto e às vezes eles vão urinar fora da caixa de areia, muitas vezes preferindo superfícies frias e lisas como um piso de cerâmica ou uma banheira.

Embora possa acometer gatos de qualquer idade, a incidência é maior em machos de meia idade e acima do peso. Infecções urinárias, cálculos urinários, tampão uretral, câncer e outras doenças podem afetar o trato urinário inferior do gato e todas as possibilidades devem ser investigadas sempre que se notar alguma alteração na rotina e no comportamento do bichano.

O histórico, associado ao exame físico cuidadoso, exames laboratoriais como de urina entre outros e de imagem como RX e ultrassom são importantes para diagnosticar as causas ou excluí-las. Caso não se identifique a causa primária, pode-se tratar de uma doença idiopática também chamada cistite intersticial, que é bastante frequente e está relacionada a situações de estresse. Uma boa alimentação, água fresca e em abundância, atividades recreativas e acompanhamento veterinário reduzem bastante os casos de recidiva. Estes fatores também são importantes na prevenção e manejo dos cálculos e cristais em bexiga, além de infecções que podem ser primárias ou secundárias a outros distúrbios urinários. Devido ao fino diâmetro da uretra dos gatos, o risco de obstrução, impedindo a eliminação da urina, é bastante frequente e caracteriza uma emergência médica que se não tratada a tempo pode levar a morte do animal em poucos dias. As fêmeas neste ponto levam vantagem, mas não ficam livres dos transtornos causados pela doença do trato urinário inferior.

Para reduzir as chances de seu pet apresentar problemas urinários temos algumas dicas importantes a serem seguidas:

1. Alimente o animal com pequenas porções no mínimo 3 vezes ao dia e observe o quanto e como ele come.

2. Para gatos com histórico de cristais ou cálculos de estruvita, dê preferência a dietas que favoreçam a produção de urina ácida. Mas sempre seguindo a recomendação do veterinário.

3. Forneça água limpa e fresca sempre.

4. Disponibilize um número adequado de caixas de areia (geralmente, uma a mais do que o número de gatos na casa).

5. Mantenha as caixas de areia em áreas tranquilas e seguras da casa.

6. Mantenha as caixas de areia sempre limpas.

7. Minimize grandes mudanças na rotina.



Fonte: Época

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Leishmaniose Visceral Canina


A Leishmaniose é uma doença que é considerada uma zoonose (Doença transmitida do animal para o Ser Humano). Ela é encontrada em várias partes do mundo como: América do sul, China, Norte África, Oriente Médio e no Sul da Europa. Essa enfermidade é transmitida através da picada de uma fêmea de um mosquito hematófago (alimenta-se de sangue) chamado Feblótomo, ou também apelidado de “Birigui” ou “Mosquito Palha” infectado.

Transmissão da Leishmaniose

A leishmaniose não é transmitida para os gatos, porém entre os animais domésticos, os cães são os mais acometidos por essa moléstia, que, no caso dos cães, é denominada pelos profissionais de Leishmaniose Visceral Canina. Como dito anteriormente, essa patologia não é transmitida por contato direto, e sim, quando um mosquito infectado, pica um animal sadio.

Existem muitas lendas que giram em torno do assunto da Leishmaniose. O grande vilão e culpado da história até hoje está sendo o cão doméstico. No entanto, o cão só é um hospedeiro da doença, assim como o Ser Humano. Muitos tutores, por não entenderem sobre a Leishmaniose Visceral Canina, tentam erradicar a doença da forma mais drástica possível: matando seu cachorro. Essa forma é totalmente errônea e ineficaz, pois quem irá oferecer o perigo maior não é o cão, e sim, os mosquitos.

Sintomas da Leishmaniose

Os principais sintomas da Leishmaniose Visceral Canina observados, são: Emagrecimento progressivo; aumento dos gânglios linfáticos; úlceras e descamação da derme (pele) do animal; crescimento exacerbado das unhas; anemia; atrofia muscular e sangramento nasal. A Leishmaniose Visceral Canina também acomete severamente os órgãos internos do animal, como: alterações nos rins, aumento do fígado e problemas articulares. Um cão que apresenta esses sintomas não necessariamente possui a Leishmaniose Visceral Canina, existem outras patologias com os sinais bem semelhantes.

Diagnóstico

O diagnóstico mais utilizado para a confirmação da presença ou não da doença é o exame laboratorial parasitológico. Nesse exame, a urina do animal e o sangue irão passar por testes rigorosos, onde somente um médico veterinário irá poder fazer o laudo.

Como evitar que meu cão pegue Leishmaniose

A melhor forma de evitar uma Leishmaniose em animais e humanos é a prevenção e o controle do mosquito Feblótomo. O uso de inseticidas, tem sido bastante eficaz em muitos casos. Os mosquitos em sua maioria, assim como o Feblótomo, tem o habito noturno. Os médicos veterinários aconselham que os proprietários de cães levem seus animais para dormirem em locais telados, com coleira para prevenir picadas e, se possível, com repelentes. Um ponto primordial para evitar uma futura Leishmaniose Visceral Canina é a vacinação do animal, que previne cerca de 90% a chance de o cão ser acometido pela doença.

Tratamento

O tratamento para a Leishmaniose Visceral Canina é a terapia medicamentosa no animal, porém, muitos tutores ainda não conhecem. O mais indicado caso seu cão esteja com a suspeita de Leishmaniose é leva-lo o mais rápido possível para um médico veterinário para que seja feito o diagnóstico através de exames. Evite o máximo a Eutanásia, pois hoje em dia, já existe a cura e a prevenção da Leishmaniose.




Fonte: Portaldodog