sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

FIV e FeLV

Tão quão importante é o diagnóstico das retroviroses felinas (FIV e FeLV), é também o esclarecimento e a conscientização dos proprietários em relação à transmissão, epidemiologia e cuidados com o animal positivo.


As duas enfermidades possuem algumas características semelhantes, causando imunossupressão, e consequentemente diminuindo a expectativa de vida do animal. A FeLV é conhecida como Leucemia Felina e a FIV como Imunodeficiência ou AIDS Felina. Ambos são transmitidos por contato direto, como lambeduras e mordidas, mas também através da amamentação, por via placentária, transfusões sanguíneas.

São doenças comuns em locais aonde há o contato direto próximo e frequente entre os indivíduos. Ambientes onde há um fluxo de entrada e saída constante de animais também favorecem a infecção. O diagnóstico precoce é importante para impedir a proliferação da doença, mas também para dar suporte ao felino acometido. Há exames rápidos para a detecção de animais positivos (ELISA), que é o teste inicial a ser realizado.

Gatos recém-adquiridos, principalmente vindos da rua, devem ser testados antes de entrarem no ambiente; filhotes, a partir de 3 meses de idade, ou antes da vacinação; doadores de sangue; animais que têm acesso à rua; todo felino que apresenta alguma enfermidade e gatos que tiveram contato com soropositivos. O teste é realizado de forma simples. Com poucas gotas de sangue e em cerca de 40 minutos temos o resultado.

No caso do vírus da FeLV, cabe lembrar que podem ocorrer falso-negativos dependendo da fase da doença. É muito importante retestar o animal em casos duvidosos. É necessário salientar que, em alguns casos, o felino consegue debelar a infecção, ficando livre do vírus. Pode-se lançar mão de outros exames, como os testes de PCR, para confirmar a presença do vírus, e Imunofluorescência, para auxiliar na definição do prognóstico.

Existe vacina somente contra FeLV no Brasil, e gatos de grupos de riscos devem ser vacinados, como os que vivem semi-domiciliados e de ambientes com vários outros indivíduos. A castração precoce pode diminuir o risco de infecção, visto que dificulta o comportamento de risco do indivíduo em sair e brigar com outros gatos. Deve-se evitar, também, a entrada de novos animais, principalmente não-testados e de origem desconhecida. Em casos positivos recomenda-se separar o felino doente, evitando que este saia ou entre em contato com outro gato.Consulte nossos veterinários caso ainda tenha dúvidas.

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