Cuidar da higiene bucal do seu pet é um passo para evitar problemas de saúde em seu bichinho de estimação
Mau hálito, perdas dentárias, diminuição do apetite, emagrecimento e até mesmo doenças cardíacas. Essas são só algumas das consequências da falta de cuidados com a saúde bucal de seu pet.
Assim como nos seres humanos, cães e gatos precisam manter uma higiene bucal. O veterinário da Clínica Veterinária Professor Israel, Luiz Fernando Lucas Ferreira explica que o ideal seria escovar os dentes deles, uma vez ao dia. “Essa é uma prática difícil de ser realizada, pela falta de tempo dos donos ou por causa da resistência dos animais que não aceitam, mas mesmo assim precisa ser feita”, lembra.
Reflexo direto da falta de cuidados com a saúde oral, o cálculo dental, popularmente conhecido como tártaro, é o grande responsável pela doença periodontal (inflamação e infecção de dentes e gengiva). Hoje, aproximadamente 85% dos cães e gatos apresentam algum grau de doença periodontal. “Problemas renais, hepáticos e cardíacos estão diretamente relacionados com a saúde oral dos animais, além disso, uma cavidade oral sem cuidados vai gerar mau hálito e desconforto para conviver com eles”, acrescentou.
A frequência para cães e gatos irem ao médico veterinário e cuidar da saúde bucal irá variar de acordo com cada paciente – pode ser a cada seis meses ou uma vez por ano. Mas, de acordo com Luiz Fernando, o importante é aliar essa prática ao check up de exames que eles realizam periodicamente.
Alimentação tem influência na saúde
Os cuidados com a saúde oral dos animais de estimação incluem também uma dieta seca adequada.
De acordo com a nutricionista de animais, Flávia Nogueira, a dieta influencia a saúde bucal por meio da composição nutricional e textura. “A alimentação interfere de forma química e mecânica para a prevenção do problema dentário. Animais que recebem alimentos secos, com grânulos mais firmes e maiores têm menor tendência a formar o tártaro”, garante.
Ela explica que a ração que gera maior atrito durante a mastigação favorece a remoção e evita o acúmulo dos restos alimentares que darão origem à placa bacteriana e, posteriormente, ao tártaro.
Segundo a profissional, existem diversas rações de alta qualidade, que incluem em sua formulação substâncias especiais e específicas para a prevenção do tártaro, como o hexametafosfato de sódio. “A substância dificulta a calcificação das bactérias na arcada dentária em até 80%.
Flávia ensina que pedaços de cenoura crua devem ser oferecidos entre as refeições para que o cão seja estimulado a roer, assim como ossos artificiais e biscoitos específicos.
Fonte: Entrevista do médico veterinário da clínica Prof. Israel, Luiz Fernando Ferreira para o Jornal Pampulha.