sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Erros dos tutores que refletem na personalidade dos cães

Falta de regras traz problemas comportamentais aos pets




Quando filhote, tudo o que o cãozinho faz é motivo para que seu tutor o ache fofinho e engraçadinho demais. Isso vai desde destruir um chinelo a brincar pulando e mordendo. Porém, essa é uma fase crucial para a formação comportamental do cão, sendo que mais da metade dos casos de tutores que têm problemas com o animal tem relação com a falta de regras nos primeiros meses de vida.

Nesse período é preciso eliminar os maus-hábitos e “moldar” o comportamento do peludo. Durante os três primeiros meses de vida, a memória canina está em branco, como uma folha nova, e esse é o momento de “escrever” o que é certo e o que é errado.

· Pena de repreender o filhote: Não repreender o animalzinho é um erro cometido por muitos “pais” que se comovem com a carinha que o pet faz quando apronta alguma coisa, mas a falta de regras pode acarretar problemas futuros. É claro que falar um pouco mais firme não é maltratar o cãozinho, mas sim orientá-lo. Mostre que, quando ele fizer algo incorreto, você vai lhe impor uma situação indesejada, como uma espécie de “cantinho da disciplina”, para que o peludo não cometa o erro novamente. Uma ação que funciona muito bem é utilizar uma palavra em tom firme para adverti-lo no momento em que fizer algo errado – “não”, por exemplo.

· Brincar mordendo: É normal que, quando o cão é pequeno, os tutores achem uma gracinha as brincadeiras com mordidas – em alguns casos, eles até estendem a mão para que o animal possa mordê-la. Mas isso resulta em problemas sociais na convivência dele com outras pessoas, afinal, ele associa morder a brincar e acredita que isso é permitido por todos e a todo momento. Aqui o método de utilizar a palavra de advertência também funciona. E é importante que as outras pessoas que moram na casa também não permitam essa atitude, senão ele nunca perderá esse hábito. Lançar mão de brinquedos específicos para os cães é uma alternativa para suprir essa necessidade de morder, já que nesse período eles passam pela troca de dentição e a gengiva coça bastante.

· Líder da família: Os cães, por natureza, são animais que vivem em matilha, e esse grupo necessita de um líder. Caso contrário, não existe ordem e a formação se perde. Por isso, se ninguém assumir esse papel, o filhote, por instinto, o assumirá. Portanto, desde o começo você deve se impor como líder e deixar claro quem comanda o território.

Se pararmos para analisar, essas atitudes são bem simples, mas influenciam drasticamente a vida dos cãezinhos e de seus “pais” no decorrer do tempo. Então, vale a pena colocar essas dicas em prática para evitar dor de cabeça!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Cartão Postal


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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Você sabia que a partir dos 5 ou 7 anos seu pet (cães, gatos) já é idoso?

Com a idade, cães e gatos precisam de cuidados especiais, pois seus órgãos não funcionam como antes



Aos sete anos de idade gatos e cães de pequeno e médio porte já são considerados senis. Para as raças gigantes, a senilidade chega mais cedo, a partir dos cinco anos de vida. Assim como ocorre com a saúde dos humanos na terceira idade, cães e gatos idosos necessitam de cuidados especiais, pois seus órgãos não funcionam com a mesma eficiência da juventude. 
Segundo a Dra. Elaine Pessuto, médica veterinária e diretora do CETAC - Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária, é nesta fase de vida que a realização de exames deve ser mais constante. “Os check-ups devem ser feitos em qualquer idade, porém, com o passar do tempo, a frequência deve ser alterada. Dessa forma, conseguimos descobrir doenças crônicas precocemente e tratá-las a tempo”, revela a médica veterinária. 

A regularidade depende da predisposição racial ou da existência de alguma doença, mas em caso de animais saudáveis, o recomendado é pelo menos a cada seis meses. 

Cuidados com a nutrição, com o funcionamento do coração, do sistema hepático e renal devem ser encarados como uma necessidade neste período da vida do animal. “Com o passar do tempo, os nossos velhinhos vão adquirindo necessidades diferentes, seus órgãos vão envelhecendo e suas funções podem ficar deficientes. Muitos animais possuem problemas de coluna ou articulares, que doem mais no inverno, por exemplo. Assim, toda e qualquer mudança no comportamento ou mesmo na rotina dos animais deve ser comunicada ao veterinário. Ele será capaz de orientar quanto ao manejo ou até mesmo quanto ao tratamento de problemas crônicos”, alerta a Dra. Elaine Pessuto. 

Embora benéficos para a saúde em qualquer idade, os exercícios devem sofrer alterações, principalmente em casos de animais com problemas ortopédicos. “Cães com problemas ósseos, articulares e cardíacos devem ter sua condição avaliada e sua disposição também. O cão não deve ser forçado ou exposto ao excesso”, ressalta.

Além dos exames e da rotina de exercícios, a alimentação é outro fator que merece atenção em pets senis. “É importante evitar fontes excessivas de gordura e proteína e lembrar sempre que cada indivíduo é único e, como tal, deve ser acompanhado, ou seja, existem dietas, tratamentos e manejo específicos para cada problema. Devemos buscar o envelhecimento saudável do nosso cão ou gato. Isso é mais uma prova de amor e cuidado”, finaliza a Dra. Elaine Pessuto.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Como cuidar do cão no tempo seco?

O tempo seco e mudança climática de estação para o verão pela qual estamos passando merece atenção tanto para a saúde humana quanto para a dos bichinhos


Quando o tempo está seco, ouvimos muito que devemos ter diversos cuidados com a saúde para não sofrermos com os males bastante comuns, como as doenças respiratórias. Mas não são somente os humanos que estão sujeitos a esses problemas. Os animais de companhia também precisam de cuidados especiais no tempo seco e, por isso, os tutores devem ficar atentos aos pequenos sinais. 

“É muito importante que os animais que já sofrem de alguma doença respiratória sejam levados ao veterinário durante o tempo seco. O profissional analisará se é necessário alterar a medicação ou tomar outros cuidados”, diz Luis Leon Cyon, diretor do Koala Hospital Animal, que também dá dicas sobre inalação. “Muitos tutores ainda têm dúvidas se o processo de inalação é bom ou não para os bichos. E sim, esse procedimento pode ser feito tranquilamente, somente com soro fisiológico, já que umidifica a traqueia e os brônquios, facilitando a respiração do animal”.

Dicas importantes para tempo seco e quente

1. Troque a água do cãozinho diversas vezes para que ela esteja sempre fresca. Há produtos específicos para cães e gatos que também podem ajudar na hidratação. Pergunte ao veterinário qual o item mais indicado para o seu pet.

2. Cubos de gelo puro ou com suco de melancia ou melão, por exemplo, podem ser bons brinquedos para o bicho, que se diverte e se hidrata ao mesmo tempo.

3. Leve o seu bichinho para o banheiro durante o banho. O vapor úmido ajuda o animal a respirar. Outra atitude que faz diferença é deixar toalhas molhadas perto de onde o pet dorme, pois a água evapora e umedece o ar.

4.Coloque bacias com água em alguns locais da casa. 

5. Os passeios devem ocorrer antes das 11h ou depois das 16h, pois nestes horários o sol está mais fraco. Os exercícios também devem ser diminuídos para evitar a desidratação. E não se esqueça de levar mais água nesses dias.

6. Outra preocupação é a gripe canina, portanto, mantenha a vacinação do seu peludo em dia. Caso perceba alguns sintomas, como espirros, tosses, gotejamento nasal e olhos lacrimejantes, leve-o imediatamente ao médico veterinário.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Por que cães se parecem com seus donos?


Basta dar uma volta na rua para notar o estranho fenômeno da versão canina de seu dono


Seja um hispter barbado acompanhado de uma pequena bola de pelos que parece frequentar o mesmo barbeiro, ou um fortão carregando um buldogue: por que as pessoas escolhem cães que se parecem com elas?

Estranhamente, a resposta para isso parece ter um inesperado paralelo com a maneira como escolhemos nossos outros parceiros de vida.

O psicólogo Michael Roy, da Universidade da Califórnia em San Diego, foi um dos primeiros a testar a ideia. Ele frequentou três parques e fotografou os cães e seus donos separadamente. Depois pediu para um grupo de voluntários adivinhar os pares corretos.

Apesar de não receberem qualquer outra pista, os participantes conseguiram emparelhar as fotos com bastante precisão. E é importante notar que a semelhança nem sempre é tão aparente, mas sim sutil.

Relação com o sexo oposto

Roy admite que os resultados só se mantêm para o caso de cães de pura raça (não vira-latas), e muitas vezes se baseiam em semelhanças superficiais, como a forma do corpo. Ainda assim, outras semelhanças surgem em aspectos mais sutis, como os formatos dos olhos.

Talvez isso tenha a ver com o apelo da familiaridade: um cachorro pode parecer mais reconfortante se ele lembrar outras pessoas da família, a quem conhecemos e amamos.

Mas alguns psicólogos acreditam que pode ser resultado da maneira como evoluímos para encontramos parceiros do sexo oposto: namorar alguém que se parece conosco pode garantir que os genes daquela pessoa sejam compatíveis com os nossos.

Por causa dessa tendência, é possível que estejamos escolhendo animais de estimação e até pertences materiais que se pareçam conosco.

Mas nosso narcisismo não é superficial: não escolhemos apenas as pessoas que tenham uma aparência semelhante à nossa, mas também costumamos gravitar em trono de indivíduos com personalidades parecidas. Traços em comum costumam predizer a satisfação de um casal com a sua união.

Há alguns anos, Borbala Turcsan, da Universidade Eotvos, em Budapeste, na Hungria, decidiu testar se o mesmo vale para os relacionamentos entre pessoas e suas almas-gêmeas caninas.

“O relacionamento com um cão é muito especial. Não se trata apenas de um animal de estimação, mas sim de um membro da família, um amigo, um acompanhante. Por isso acredito que exista esse paralelo com outros relacionamentos entre humanos”, explica a cientista.

Personalidades caninas

A própria ideia de que os cães têm uma personalidade pode parecer estranha para algumas pessoas, mas experiências anteriores demonstaram que características humanas como a extroversão podem corresponder a medições objetivas do comportamento de um cachorro – como, por exemplo, se ele é agressivo com estranhos ou se são mais tímidos.

Existe até uma versão canina do questionário tradicionalmente usado para medir as mais importantes dimensões da personalidade humana: neuroticismo, extroversão, consicenciosidade, afabilidade e abertura. Para aplicar isso aos cães, os especialistas exploram comportamentos, como a “tendência a ser preguiçoso” ou “tendência a ser desligado”.

Turcsan descobriu que cães e seus donos tendem a apresentar perfis de personalidade similares. “A semelhança foi até maior do que vemos entre casais ou amigos”, destaca.

A correlação não pode ser explicada pelo tempo de convivência entre cachorros e seus donos. Portanto, não parece ser o caso de o cão ter aprendido a mimetizar seu dono.

Parece ser uma decisão sábia escolher animais compatíveis conosco. Afinal, um cão pode viver mais do que um casamento, segundo as estatísticas de divórcio.

É interessante refletir sobre como essas relações surgiram. O homem começou a domesticar cães há pelo menos 30 mil anos, com o objetivo de usá-los em caçadas. Mas, aos poucos, fizemos essas criaturas à nossa imagem e semelhança, permitindo o surgimento de uma forte relação eomocional, que muitas vezes transpassa as fronteiras naturais entre as duas espécies.

Hoje, muitos cães se parecem conosco, agem como nós e, ao contrário de outros humanos, sempre oferecem seus sentimentos recíprocos. Em muitos aspectos, eles são até um reflexo melhor da nossa verdadeira natureza. Não é de se espantar que esses animais sejam considerados o melhor amigo do homem.
FONTE: http://www.bbc.com