Uma longa “trajetória genética” une cães e lobos e, ao mesmo tempo, explica as diferenças marcantes que existem entre as duas espécies.
Para investigar esse caminho, um grupo de pesquisadores de diversos países analisou o genoma de cães selvagens e lobos asiáticos e os comparou com o de raças mais recentes, como pastores alemães. Em dois artigos, um publicado no periódico Nature Communications e outro no Molecular Biology and Evolution, os autores explicam como o convívio com seres humanos acabou “separando” lobos e cães – um processo que teve início há cerca de 32 mil anos.A explicação convencional reza que tribos antigas simplesmente domesticaram cães selvagens. Se esse fosse o caso, a população que deu origem aos cães que conhecemos hoje teria sido pequena demais para permitir que eles se espalhassem pelo mundo.
O estudo conta uma história diferente: um grande número de lobos começou a ir atrás de tribos de caçadores/coletores, possivelmente por causa de restos de alimentos; nesse convívio, os lobos mais agressivos teriam sido eliminados e os mais dóceis, preservados ou, até mesmo, domesticados. A partir daí, lobos com certas características genéticas começaram a prosperar e a se diferenciar, resultando na grande variedade de raças caninas que conhecemos.
A equipe planeja fazer novas investigações sobre a evolução genética dos cães – que podem, inclusive, ajudar a entender melhor a evolução humana, pois há genes que evoluíram tanto em cachorros como em nós.
FONTE: hypescience.com
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