A falta de glóbulos vermelhos pode ser analisada por exames clínicos
Muitas vezes, os tutores encontram seus pets mais cabisbaixos e quietos, com um desânimo no olhar. Pode parecer apenas preguiça do animal ou mesmo parte da personalidade dele, mas deve-se estar atento ao tempo que ele permanece assim. Alguns sinais podem indicar um cachorro com anemia e nem sempre o tutor percebe isso logo de cara.
Cachorro com anemia: o que pode causar esse problema?
Normalmente a anemia em si não é uma doença, porém pode representar a consequência de outra enfermidade. É um problema de saúde que pode afetar tanto animais quanto humanos e algumas questões são, inclusive, bem parecidas. Mas um cachorro com anemia pode não demonstrar tão facilmente que está com essa disfunção.
A anemia é caracterizada pela redução de número de glóbulos vermelhos, células responsáveis pelo transporte do oxigênio pela corrente sanguínea. Também é essa parte do corpo que dá coloração avermelhada ao sangue. A questão é que a escassez de hemoglobina é só uma das causas desse problema. Além disso, existem diferentes tipos de anemia.
A medula óssea, onde o sangue é produzido, precisa de ferro e de outras vitaminas para poder concluir sua função. Portanto, a alimentação comprometida e a desnutrição pode levar ao quadro anêmico.
Como perceber um cachorro com anemia?
Alguns sinais que o cão apresentar devem ser observados pelo tutor. Isso envolve a palidez, indisposição, urina mais escura, perda de apetite e de pelo, cansaço e até depressão. A perda de peso é ainda uma consequência da má alimentação e da falta de vontade de comer. As mucosas (como a gengiva) tomam aparência pálida e perdem a vermelhidão e impressão de saúde.
Geralmente animais nesse estado não querem brincar, passam o dia deitado e sem vontade de fazer nada. Se o cão antes era brincalhão e animado, pode ser um mau indicativo.
Quais as causas da anemia em cães?
Existem alguns fatores que podem gerar o quadro anêmico, além da falta de ferro na dieta.
Há dois tipos de anemias, a hemolítica e a hemorrágica. A primeira tem a ver com a curta duração ou destruição da hemoglobina. Existem ainda duas possibilidades dentro da anemia hemolítica. Pode ser que o corpo do animal considere as próprias células invasoras e comece a autodestruí-las, pelo processo imunológico. Ou as hemácias são quebradas não necessariamente pelo sistema imunológico, mas por doenças hereditárias ou uma intoxicação, por exemplo.
A hemorrágica é decorrente de acidentes ou cortes profundos, em que o cão perde muito sangue. Câncer, úlcera e problemas gastrointestinais também podem provocar o vazamento de sangue de forma lenta.
Ainda há um terceiro possível fator que leva ao quadro anêmico, caracterizado por alguma complicação na medula óssea, que a faz interromper a produção de sangue. Doenças renais também podem influenciar na quantidade de hormônio responsável por estimular a medula.
As enfermidades transmitidas por carrapatos podem também destruir as hemácias.
Diagnóstico da anemia
Há dois tipos de exames de sangue que podem ser feitos para avaliar o quadro do bichinho. O quantitativo analisa o número de glóbulos vermelhos por litro de sangue. O qualitativo faz um esfregaço sanguíneo para ver como está a forma da hemoglobina, além de perceber em que fase a proteína se encontra e se há outros tipos de células.
É importante avaliar as fezes e a urina também, já que são indicativos a respeito da saúde do animal. Se o xixi estiver muito escuro pode sinalizar problemas nos rins, que pode ser uma consequência do baixo número de hemoglobinas. Isso demanda às vezes ultrassom abdominal.
Quanto à prevenção, não existe exatamente um método específico para fazer isso. Combater carrapatos, pulgas e vermes talvez possa ajudar, à medida que podem causar hemorragia ou transmitir doenças que levem a isso. Porém, as causas da anemia são variadas, então não tem uma forma exata de prevenir esse problema de saúde.
Ao envelhecer, é comum o animal desenvolver algumas doenças ou dificuldades físicas que antes não tinha. O rim, por exemplo, já trabalha com mais dificuldade e o coração também, bombeando menos sangue para os órgãos. Com isso, parte da digestão e da filtração da urina fica comprometida, o que resulta em um xixi mais escuro. Então, o próprio fato de ficar mais velho pode tornar o sangue do cachorro mais prejudicado.
Tratamento do cachorro com anemia
O tipo de anemia que o pet apresenta tem tudo a ver com o tratamento a ser recebido. No caso da perda de sangue excessiva uma transfusão ou cirurgia pode ser o mais indicado, ainda mais quando a hemorragia é interna.
Se a disfunção é provocada por alguma enfermidade parasitária faz-se necessária a cura dessa doença antes de tudo. No caso da falha na medula óssea é preciso saber a causa desse problema e a transferência de sangue também pode ser importante.
Uma dieta rica em ferro e outras vitaminas pode estimular a medula, além de alguns medicamentos que podem auxiliar nesse processo, mas só devem ser prescritos pelo médico veterinário.
A cura pode ou não ser alcançada pelo tratamento, mas é fundamental ressaltar que o índice de cachorros que não sobrevivem à anemia é alto e exige uma atenção severa do tutor.
Levar o cachorro com anemia frequentemente ao médico é uma maneira relevante de evitar determinados problemas de saúde, não só a falta de hemácias no corpo. Dependendo da doença é importante descobri-la ainda nos primeiros estágios.
Fonte: iG
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