Cães e gatos podem padecer de doenças oftálmicas, como a catarata. Por provocar a opacidade da lente, conhecida como cristalino, a doença dificulta a passagem de luz até a retina. Em casos mais avançados, pode causar a perda parcial ou total da visão. Das doenças que causam cegueira em animais, a catarata é a mais frequente. Os gatos levam vantagem, uma vez que a doença é rara em felinos. Porém, nos cães, é uma das doenças mais frequentes, principalmente nas raças Poodle, Cocker (Americano e Inglês), West Highland White Terrier, Schnauzer, Golden, Labrador, Maltes, Lhasa Apso e Afghan Hound.
Em casos de traumas, diabetes, tumores intraoculares, problemas congênitos, inflamações intraoculares severas (uveites), contato com substâncias tóxicas, tanto cães como gatos podem desenvolver catarata. Independentemente da causa, quanto mais cedo a catarata for diagnosticada e tratada, melhores são as possibilidades de resultados.
O tratamento é cirúrgico. A técnica mais usada nos dias de hoje é a facoemulsificação, que destrói o cristalino comprometido, liberando a passagem de luz e devolvendo a visão aos animais. Nos casos em que a retina está muito comprometida, mesmo após a cirurgia o animal pode não voltar a enxergar. Mesmos nestes casos, a cirurgia é indicada para evitar a evolução da doença, que pode resultar em complicações ainda mais graves, como a perda dos olhos.
Não existem comprovações científicas de que o tratamento clínico da catarata pode retardar o desenvolvimento da doença. Por isso, a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
Fonte: Época