segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Cirurgia de Catarata


Cães e gatos podem padecer de doenças oftálmicas, como a catarata. Por provocar a opacidade da lente, conhecida como cristalino, a doença dificulta a passagem de luz até a retina. Em casos mais avançados, pode causar a perda parcial ou total da visão. Das doenças que causam cegueira em animais, a catarata é a mais frequente. Os gatos levam vantagem, uma vez que a doença é rara em felinos. Porém, nos cães, é uma das doenças mais frequentes, principalmente nas raças Poodle, Cocker (Americano e Inglês), West Highland White Terrier, Schnauzer, Golden, Labrador, Maltes, Lhasa Apso e Afghan Hound.

Em casos de traumas, diabetes, tumores intraoculares, problemas congênitos, inflamações intraoculares severas (uveites), contato com substâncias tóxicas, tanto cães como gatos podem desenvolver catarata. Independentemente da causa, quanto mais cedo a catarata for diagnosticada e tratada, melhores são as possibilidades de resultados.

O tratamento é cirúrgico. A técnica mais usada nos dias de hoje é a facoemulsificação, que destrói o cristalino comprometido, liberando a passagem de luz e devolvendo a visão aos animais. Nos casos em que a retina está muito comprometida, mesmo após a cirurgia o animal pode não voltar a enxergar. Mesmos nestes casos, a cirurgia é indicada para evitar a evolução da doença, que pode resultar em complicações ainda mais graves, como a perda dos olhos.

Não existem comprovações científicas de que o tratamento clínico da catarata pode retardar o desenvolvimento da doença. Por isso, a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.


Fonte: Época

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O que é a laserterapia


Uma técnica muito comum na Europa começa a fazer a diferença no tratamento de diversas doenças e ganha adeptos no Brasil. Como o próprio nome já diz, a laserterapia é uma terapia, ou seja, uma técnica utilizada para tratamento de uma enfermidade que utiliza como base a emissão de laser no local acometido.

Com a evolução da técnica no país, médicos veterinários já acreditam em um salto muito grande na medicina animal, em vista que gatos, cães, bovinos e tartarugas já passaram por tal tratamento e foi obtido sucesso. A laserterapia é indicada para diversos casos, entre eles: traumatismos musculares, nervosos, ósseos, artrites e artroses, processos inflamatórios em articulações, feridas, regeneração de tendinites, calosidades, dermatites, fibromialgia, em pós - cirúrgicos de fraturas e rupturas de ligamentos, entre outros.

Essa nova técnica tem interessado à profissionais de diferentes áreas, não apenas pelo fato de poder ser utilizada em tantas situações, mas também por suas vantagens sobre a maioria das técnicas pré-existentes. A laserterapia tem um processo de tratamento nada invasivo, de rápida aplicação, e a recuperação de animais submetidos ao tratamento é mais acelerada que em outros a em que são utilizados fármacos ou outros tipos de tratamentos, além, e como principal vantagem, a luz emitida pelo equipamento atinge e destrói somente células patogênicas, fator não identificado em tratamentos mais utilizados atualmente, como qualquer tipo de fármaco, incluindo os quimioterápicos e a radioterapia, tida até então como tratamento mais localizado.

A técnica é de fácil aplicação, indolor e de mínimo contato com o animal. Proporciona maior conforto aos animais, além de maior confiabilidade no trabalho do veterinário, que busca alternativas para os tratamentos convencionais, muitas vezes limitados.

O procedimento com a utilização da laserterapia é muito rápido, durando em torno de segundos a poucos minutos em cada local lesionado, não provocando nenhuma espécie de efeito colateral no animal.


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Você sabia que seu pet pode ter pressão alta? Veja como descobrir


Para quem pensa que pressão alta ocorre só em seres humanos, lamento informar que cães e gatos, assim como seus donos, também podem estar sofrendo os efeitos da hipertensão arterial. Embora acometa menos de 5% dos cães, algumas doenças têm efeitos sobre ela e os sinais clínicos, silenciosos e nem sempre específicos, acabam dificultando o diagnóstico que em alguns casos só é descoberto quando o animal está bem doente ou quando se faz necessária uma internação.

Os avanços na tecnologia em medicina veterinária permitem o diagnóstico da hipertensão arterial, esta na maioria dos casos associada a doenças crônicas como diabetes, doenças renais, obesidade e problemas relacionados com tireoide.

Alguns sinais como tosse, fraqueza, confusão mental, respiração acelerada e até ansiedade podem ser de patologia concomitante à hipertensão e vale a pena investigar, ainda mais se seu mascote é um animal idoso.

E o que acontece se deixar um animal com pressão alta?

O mesmo observado em seres humanos: dentre seus efeitos está o de prejudicar outros órgãos, como o cérebro e o próprio músculo cardíaco, além de edema pulmonar, descolamento de retina e insuficiência renal como exemplos mais comuns.

Muitas clínicas já estão atentas à cardiologia veterinária e em poucos minutos é possível verificar por onde anda a saúde do coração de seu pet, mesmo procedimento que é realizado quando na internação. A questão é que o exame manipula o animal, o que por si só já causa certo estresse, por isso existe a necessidade de se medir mais de uma vez.

As causas e tratamentos são bastante variáveis. Mas, quando diagnosticado, lá vai seu pet tomar remedinho todos os dias, o que evitará maiores danos à saúde dele, preço que se paga pela longevidade de nossos mascotes.



quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Cachorro com rinite? Sim, eles têm. Saiba os cuidados


Sim, os cães também sofrem de rinite. Nessa época do ano, o sobe-desce de temperatura também têm seus reflexos sobre a mucosa nasal dos animais fazendo os cães espirrarem (e muito!) em diferentes momentos do dia, sendo mais frequente na hora do passeio em função do contato com o agente que causa a irritação. Para quem “foge” com o pet em um final de semana para a praia ou serra pode se assustar com o repentino desconforto do cão. Alguns mostram esse incômodo por meio de espirros reversos, aquele em que temos a impressão de que ele está “puxando” o ar para dentro das narinas, o que o faz com muita força, um quadro grotesco que pode dar a ideia de que o mascote está tendo um ataque de asma.

A rinite é uma inflamação da mucosa das narinas que pode ser provocada por agentes irritantes a ela, e isso vale para pólen e produtos de limpeza, mas também por agentes patogênicos como vírus e bactérias, não raro sendo o primeiro a porta de entrada do segundo.

Outros materiais que têm o poder de destroçar o bom humor de seu cão nessa época do ano são cobertores, tapetes, flores e carpetes. Aquele casaco da vovó guardado há um ano e recém retirado do armário também pode desencadear a alergia, sensibilidade que não tem distinção: raças puras, mestiços, machos ou fêmeas, não importa. Quando ela resolve atacar, qualquer cachorro pode se mostrar suscetível, embora animais mais velhos e aqueles cuja anatomia contempla um longo focinho tendem a apresentar o quadro com mais frequência. Por outro lado, rinites também podem vir decorrentes de problemas de conjuntiva, nesse caso afetando os cães que têm o nariz enterrado no meio dos olhos como é o caso do pequinês.

Para entender a extensão do problema, é interessante observar segundos antes da sessão espirra-espirra onde seu pet, literalmente, meteu o nariz. Pessoa fumante ou ambiente onde o fumo é permitido pode ser outra fonte de espirros constantes, ato que pode evoluir para uma secreção transparente que escorre pelo nariz ou até mesmo de coloração amarela ou esverdeada, nesse caso nos mostrando um problema a ser tratado. E não se surpreenda se a coriza tiver origem em abscessos na raiz de dentes (isso mesmo, dentes) especialmente em cães idosos e com histórico de tártaros.

Secreção nasal e espirros formam uma dupla e tanto que justifica uma visita ao veterinário, profissional que pode descartar a possibilidade de haver um corpo estranho no nariz de seu pet, algo que não se mostra tão incomum quando se tem crianças pequenas em casa. Parasitas, como larvas de moscas, podem aparecer, mas sua presença é mais esperada no verão. Tumores, infecções causadas por fungos ou aquelas que afetam a conjuntiva, alergias e abscessos na raiz de dente têm sido as causas mais encontradas.

Além do exame físico, Rinoscopia, Raio-X, exame hematológico e envio da secreção para laboratório são alguns dos procedimentos que podem ser solicitados. Alguns proprietários mais atentos conseguem perceber a hora do dia ou o local que deixa seu pet desconfortável. Isso facilita a vida de todos pois é possível descartar o agente desencadeante ou deixar de frequentar os locais onde se verifica o comportamento, atitudes preventivas que reduzem a irritação nasal.


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Descubra o que fazer para seu cachorro não enjoar em viagens


Malas prontas, carro revisado, água e petiscos ao alcance da mão. O que não foi planejado é o cachorro da família vomitar o banco traseiro trinta minutos depois de sair da cidade. E olha que ainda faltam sete horas de estrada rumo ao litoral.

O problema é antigo, cão e carros são assim: amor à primeira entrada, com direito a ventinho na janela ou ódio eterno ao balanço do carro. Mas por que justo nas férias se o Totó nunca foi de enjoar? O que muita gente não parou para pensar é que uma coisa são passeios pela cidade – 60 km por hora, paradas em sinaleiras, trajetos curtos – outra é a estrada, acelerações súbitas, ultrapassagens, curvas e calor, muito calor. E considerando que muita gente está indo ao litoral pela primeira vez com seu mascote, vômito no carro ganha proporções alarmantes.

Embora vômitos prolongados alterem o equilíbrio ácido-básico do organismos do cachorro, existem maneiras de driblar o ocorrido. Algumas dicas devem ser seguidas para evitar que seu pet chegue ao destino desidratado e precisando de reposição de eletrólitos via endovenosa, ou seja, lá vai você procurar uma clínica veterinária no primeiro dia de veraneio.

Dicas que podem salvar seu passeio:

* Mantenha o interior do carro ventilado;
* Dirija sem grandes curvas e mudanças bruscas de velocidade; quanto maior o agito, maior a probabilidade de seu pet colocar tudo estômago afora;
* Som alto não contribui em nada com o momento zen que seu pet enjoado deve ter na estrada;
* Esteja atento ao horário de saída, prefira aqueles com menos sol e menor quantidade de carros;
* Não forneça água nem alimentos pelo menos uma hora antes da viagem;
* Paradinhas estratégicas a cada hora podem ajudar seu pet a ventilar, o que pode ser feito em refúgios ou postos de gasolina, mas jamais saia sem a guia presa ao seu cão. Permita-o cheirar a grama, fazer xixi e deitar um pouco à sombra; se estiver ofegante, ofereça água, mas não volte imediatamente ao carro depois disso;
* Forrar o banco de trás com material impermeável também é uma boa precaução para pets que enjoam. O odor forte do conteúdo estomacal pode promover mal estar nos passageiros e no próprio pet que vomita ainda mais.

Mesmo tomando esses cuidados, para alguns cães, contudo, carro pode ser sinônimo de martírio, e nesse caso é interessante você conversar previamente com o veterinário dele para levar medicação e saber a dose a der administrada em caso de pane canina. E lembre-se: é fundamental fazer da experiência alg agradável ou menos assustador porque manter o bem-estar de seu mascote durante o trajeto já é uma forma de começar bem o verão.



segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Carnaval pet: 8 dicas para cair na folia com seu cão



O carnaval está chegando e com ele muitas festas e bloquinhos de rua. Essa é uma ótima época para viajar ou curtir a cidade ao lado do seu peludo. Mas alguns cuidados devem ser tomados para que a festa seja alegre e sem sustos.

Hidratação

Mantenha o animal sempre hidratado com água fresca. Além da água, pode ser oferecido água de coco natural ou suco de fruta, como melancia e melão. Tudo sem açúcar, ein?!

Filhotes, idosos e raças de focinho curto (braquicefálicos) devem ter atenção redobrada, pois desidratam muito rápido.

Asfalto

Muitas das festas e bloquinhos acontecem nas ruas. O asfalto aquece ao longo do dia, podendo chegar até 60 graus célsius no final da tarde. Por isso, verifique a temperatura com o dorso da mão.

Se estiver desconfortável para sua mão, também estará para as patas no cão. Ao não respeitar isso, pode haver queimadura dos coxins, aquelas almofadinhas embaixo da patinha.

Proteção solar

Animais muito claros ou com pouca pelagem podem sofrer queimaduras na pele por conta do sol. Por isso vale lembrar da importância de utilizar o protetor solar também nos animais e dar preferência por locais com sombra.

Evite brigas

Manter o animal sempre na guia evita muitos problemas. O primeiro é que ele se perca. O segundo é que ele se aproxime demais de cães que não são tão amigos assim.

Se você perceber que há outro animal pouco receptivo por perto, mantenha distância e busque outro lugar para brincar.

Mas há ainda um terceiro problema. Na rua, os cães querem cheirar tudo e gostam de pegar coisas no chão. Se ele estiver na guia, você consegue ter mais controle e evitar que ele ingira coisas indevidas. Fique de olho.

Previna problemas

A rua é foco de ectoparasitas (pulgas e carrapatos), por isso, consulte o médico veterinário sobre a utilização de produtos contra esses parasitas.

Além de tomar cuidado para que o pequeno não pegue nada nas ruas, não permita que pessoas ofereçam alimentação que ele não está acostumado. Isso pode causar sérios problemas gastrointestinais.

Onde há multidão, sempre há lixo. Por isso, preste atenção em objetos na rua como latinhas e garrafas. Você estará de sapato, eles não, e podem ferir a pata.

Música

A audição dos cães além de ser melhor que a nossa, capta sons que a nossa não capta. Por isso, cuidado com o som alto. Isso pode irritar os animais e fazer com que eles se estressem, fiquem com medo e tentem fugir.

Evite se aproximar de caixa de som e tenha cautela com a vibração no corpo e ouvido do animal. Som alto ou com vibração elevada pode causar prejuízos auditivos.

Respeitar os limites

Percebeu que seu peludo está cansado, querendo deitar, o ideal é voltar para casa. Vise sempre o bem-estar do animal. Diversão só é boa quando todos estão felizes!

Fantasia

A parte mais legal do carnaval é se fantasiar. Muitos pets adoram uma roupinha, mas outros travam e se estressam só de vê-las. Dê preferência por roupas e fantasias que ele já tenha costume de usar. Mesmo os animais que toleram o uso de roupinhas, podem ficar incomodados com adereços no focinho, como máscaras, ou cabeça, como chapéus.

Para que ele veja a fantasia como algo positivo, comece um treinamento anterior à festa. Coloque a fantasia ou adereço e saia para passear. Outra opção é oferecer petisco e fazer muito carinho. Faça treinos curtos e repita quatro vezes ao dia.

Se perceber que há algum tipo de incomodo, retire a roupa/adereço e escolha algo que ele tolere.


Fonte: Estadão

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O ronronar dos gatos indica outros sentimentos além da felicidade; saiba quais



Em algum momento tutores de gatos já devem ter visto e ouvido os bichinhos ronronarem: o barulhinho, originado a partir de uma vibração da laringe de gatos e de outros felinos, geralmente é associado a momentos em que o bicho parece feliz, como quando está no colo do tutor ou recebendo carinho.

Para os especialistas, porém, demonstrar satisfação ou felicidade não é a única função do ronrom.

Existem quatro principais funções para o ronronar: comunicar bem-estar e amabilidade, agir como calmante, pedir comida e, devido à baixa frequência da vibração, ajudar a fortalecer tecidos, regenerar algo que não está bem.

Estas funções foram identificadas a partir da observação dos bichanos, mas ainda precisam ser estudadas com mais profundidade. Ainda assim, a análise do contexto em que o ronrom acontece geralmente ajuda a identificar o motivo para o gato estar produzindo aquele som. É como um sorriso humano, que pode ter vários significados dependendo do contexto.

Tipos e contextos

A primeira função é a mais conhecida e aquela normalmente associada ao ronronar. Eles fazem isso quando estão em contato com um humano ou outro gato com quem têm uma relação positiva, ou quando ganham uma comida gostosa, por exemplo.

Este ronronar não é necessariamente uma resposta a um agrado, mas pode sinalizar que o gato está aberto a receber carinho. Ele pode ser facilmente confundido com aquele que indica fome, já que este também vem acompanhado de uma aproximação do humano.

Por outro lado, se o animal ronrona quando vai ao médico veterinário, após um período de estresse ou quando está prestes a dormir, pode ser que o barulhinho tenha a função de acalmar o bicho. Nesse caso, o ronronar tem uma frequência mais baixa, que o animal realiza como uma forma de autocuidado.

“Gatos ronronam quando estão em contato com um humano ou outro gato com quem têm uma relação positiva, ou quando ganham uma comida gostosa, por exemplo. São situações gostosas, de felicidade” – Carolina Prochmann, médica veterinária e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná.

A última — e mais curiosa — função está ligada à vibração produzida pelo ronronar e os benefícios terapêuticos que ela pode acarretar. Sabe-se que essa vibração ajuda a fortalecer tecidos. Não é à toa que a fisioterapia utiliza equipamentos que produzem vibração semelhante para tratar alguns problemas. Assim, quando estão doentes ou machucados, os gatos ronronam para se recuperar.

É nesse ronronar que os tutores devem prestar atenção: os gatos tendem a esconder dores e doenças. Se, além de ronronar, o gato ficar mais quietinho, dorminhoco e apático, ele pode precisar de cuidados e de um veterinário.

De onde vem

Gatos e outros felinos, como onças, chitas e pumas, produzem o ronronar a partir da vibração da laringe — e não das cordas vocais. Sabe-se que tanto a laringe quanto o diafragma desses animais oscilam quando eles respiram, mas os estudos ainda não determinaram se a produção do barulho é voluntária ou não. Felinos que rugem, como leões, não ronronam.



Fonte: Viver Bem