Ao contrário do que se pensa – que o filhote está protegido do frio por sua mãe – é (e muito!) perigoso para bebês de cães e gatos nascerem em épocas frias, ainda mais se os donos não estão familiarizados com os cuidados necessários para manter a temperatura corporal dos pequenos. Se é desconhecido o dia provável do parto, as chances dos filhotes sofrerem por causa do frio se tornam ainda maiores.
Para ter ideia da fragilidade nesse momento, 30 minutos com a barriga em contato com a superfície fria já são suficientes para dar início a um quadro de hipotermia em um filhote de até cinco dias. Episódio que pode resultar na morte do animal mesmo depois de sucessivas tentativas de reverter o processo aplicando-lhe calor.
Esse tipo de acidente costuma acontecer momentos depois do parto não programado, o que explica não terem sido observados os quesitos de proteção à vida dos recém-nascidos em dias frios.
Confira abaixo algumas dicas de como proceder nos primeiros dias de vida de seu filhote.
- Se você está perdido e não sabe que dia sua cadela ou gata vai dar à luz, comece a deixá-la em observação dentro de casa ou em um abrigo seguro do frio. O período indicado é de 54 dias após a data do primeiro acasalamento.
- Se sua mascote é de grande porte e dorme na rua, uma casinha já deve ter sido providenciada, embora o melhor a fazer nessa época seja colocá-la dentro de casa.
- Se a mascote é de sítio ou fazenda, uma área bem protegida significa paredes e cobertura para geada. A parte interna não pode ser negligenciada e deve estar bem forrada com material quente que não apenas folhas de jornal. Essas são boas para manter o chão seco, mas não aquecem os filhotes recém-nascidos.
- Cuidado com o uso de cobertores. Embora aqueçam os filhotes, se compridos demais, favorecem pequenos túneis onde o pequeno pode buscar abrigo e acabar se sufocando. Dê preferência para tapetes de fibra longa, firme e que não dobre nele mesmo.
- Evite carpete. Filhotes de cães e gatos nascem com garras afiadas que frequentemente se engancham no carpete ficando os animais retidos no mesmo lugar.
- Preveja a possibilidade de o filhote cair da casinha levado até mesmo pela mãe quando ele não larga a teta na hora em que ela levanta. Talvez ela não saiba colocá-lo de volta à casa – o faz com a boca – e assim aumentam as chances de o filhote desgarrado morrer de frio.
- Uma boa maneira de evitar que um filhote caia da casinha é reduzir a base da porta de entrada com um obstáculo de 5 a 8cm de altura. Camas de fibra são mais indicadas na maternidade justamente por serem fabricadas em forma de balaio o que dificulta quedas.
- Esse acidente, queda do filhote e posterior contato dele com ventos e chão frio, ocorre com mais freqüência quando a maternidade é montada na área de serviço ou cozinha.
- Conforto térmico para a mãe: o calor materno pode proteger os filhotes que se abrigam entre as patas e barriga de sua mãe, mas de nada adianta eles estarem em contato com o corpo dela se não estiver protegida dos ventos que a fazem tremer de frio.
- Cadela e gata que tiveram apenas um filhote, cuidados redobrados no forro da casinha. O bebê não tem irmãos para se aquecer.
E atenção!
Calor demais também pode ser perigoso. Colocar lâmpadas perto dos filhotes pode funcionar, mas se muito abafado pode ser igualmente perigoso. Quando o calor é intenso, eles choram constantemente e procuram se afastar um dos outros em busca de um lugar mais frio. O equilíbrio é encontrado quando se percebe os filhotes dormindo serenamente e dando pequenos “pulinhos”, sinal de que estão confortáveis e até sonhando.
Fonte: Revista Donna
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