terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cão guia

Edson e Mully nas escadarias do Metropolitan Museum, em Nova York.
 
Mais do que uma companhia, uma relação de amor e amizade.
A clínica veterinária Professor Israel oferece atendimento para cães guias e realiza desde os procedimentos mais simples até exames, diagnósticos e diversos tratamentos. Como é o caso da Mully, cão guia do radialista Edson Júnior há mais de quatro anos. Mesmo morando nos Estados Unidos, sempre que vem ao Brasil ele faz questão que Mully seja atendida na clínica e por isso tornou-se uma paciente muito especial.
Na última visita de Mully na clínica Professor Israel, aproveitamos para conversar com Edson, que nos contou um pouco mais dessa história de amor e amizade, numa entrevista exclusiva para o blog da Clínica Professor Israel, confira!
Como começou a sua relação com a Mully?
R: Começou na Guide Dog Foundation, uma escola para o treinamento de cães guias de pessoas cegas, na pequena cidade de Smith Town, estado de Nova York, EUA. Mully passou por todas as fases que compreendem o treinamento de um cão guia: foi socializada por uma família voluntária, que lhe ensinou a se portar em ambientes sociais. Depois, recebeu o treino técnico para aprender a guiar uma pessoa cega e, quando tinha um ano e 10 meses, a escola achou que ela se encaixava bem no meu perfil, no meu estilo de vida.
Como foi o início da convivência de vocês?
R: Fui para a escola, fiquei hospedado lá durante 25 dias, aprendendo a ser guiado pela Mully. Foi com essa aproximação promovida pela escola, através da treinadora que havia trabalhado com a Mully, que nasceu nossa relação, não só de cão guia e pessoa cega que é guiada, mas sim de uma intensa amizade e eu diria até de paternidade. Desde as brincadeiras até quando chamo a atenção dela, trato a Mully como trataria um filho pequeno, se o tivesse.
Qual a importância dela para você?
R: É meu cão guia claro, e isso significa andar nas ruas com mais desenvoltura, autonomia, segurança. Mas é uma grande companheira e os laços que nos unem não existem só por causa do trabalho que ela faz.
Qual a raça dela e idade?
R: Mully tem seis anos e meio e é da raça retriever do labrador, a mais utilizada para o trabalho de cão guia.
Ela é seu primeiro animal ou você já teve outros antes?
R: Já tive outros. Quando adolescente, tive um pastor alemão que conviveu comigo por apenas seis meses, porque, ao mudar de casa, tive que entregá-lo aos cuidados de outra pessoa. Só voltei a ter cães depois de casado. Já tive boxers, dachshunds, também conhecido como teckel, e minha primeira guiam era mestiça de golden retriever com labrador. Mully é minha segunda guia.
Desde quando você leva a Mully para se tratar na clínica Professor Israel?
 
R: Tanto a Honey, minha primeira guia quanto a Mully, a atual foram examinadas e tratadas na clínica desde sua chegada dos Estados Unidos. No caso da Mully, felizmente não fiz muito mais do que exames de rotina, que faço sempre, e as vacinas. Uma ou outra emergência, mas nada que nos tenha causado maiores sustos. Uma dessas emergências foi quando ela prendeu o cochim de uma das patas numa escada rolante. Ela ficou 15 dias de molho, sem poder trabalhar. Mas não só o atendimento inicial de emergência como todo o tratamento, troca de curativos etc, foi tudo feito na clínica Professor Israel.

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