sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Tratamento com células-tronco permite a cura de doenças em animais de estimação

Clínica veterinária da Capital é pioneira no uso deste tratamento no
Estado e vem utilizando a técnica com sucesso
 
 
 
Os avanços da medicina em torno das células-tronco alcançaram o mundo da veterinária e já podem ajudar na saúde dos animais. A Clínica Veterinária Professor Israel é uma das primeiras a utilizar esta técnica para o tratamento de doenças em cães e gatos, no Estado.
Utilizada no país há 10 anos de maneira experimental e há 4 anos na prática, o tratamento com as células-tronco tem a capacidade de regenerar o tecido lesionado quando introduzidas no local, porque se diferenciam das células presentes no tecido, adquirindo sua forma e função. Além disso, possuem uma capacidade anti-inflamatória e fazem com que lesões se recuperem muito mais rápido.
Diferente dos remédios, o tratamento com células-tronco é algo natural. Isso significa que não agride o organismo do animal. Como os tecidos e órgãos do indivíduo estão constantemente em processo de regeneração, a terapia é algo que já ocorre de forma natural no próprio organismo.


Doenças que podem ser tratadas
Segundo o veterinário e sócio proprietário da clínica, dr. Luiz Fernando Lucas Ferreira, o tratamento tem sido utilizado com sucesso e é indicado em casos de doenças renais crônicas, artrites, artroses, fraturas ósseas, lesões medulares, entre outras. Porém, o uso das células-tronco é contraindicado para animais com câncer. “Ainda não está bem esclarecido a interação das células-tronco com os tumores”, explicou o médico.

São feitas, em média, três aplicações no animal, com intervalos de 30 dias cada. Ou seja, a terapia costuma durar 60 dias. Mas, segundo o veterinário, dependendo do animal e da doença, apenas uma aplicação pode resolver a questão. Cada aplicação custa aproximadamente R$ 2.000,00.

Ele acrescenta que a resposta às aplicações é muito individual e que o animal não precisa de cuidados especiais durante o tratamento. Além disso, dependendo da doença e do estado geral, o pet pode ter uma recuperação total ou uma melhora significativa da qualidade de vida. “Não é preciso anestesiar o animal para o procedimento. A aplicação das células-tronco é feita por meio do soro intravenoso. Em seguida, ele fica em observação por cerca de 2 horas e logo depois é liberado”, esclarece o veterinário.

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