Bonitinhos, fofinhos, misteriosos e taciturnos. Os gatos possuem muitos
admiradores, porém seu jeito misterioso de ser não é uma unanimidade.
São conhecidos por sua beleza e arrogância, além de, claro, sua
capacidade de inspirar incontáveis e-mails com apresentações em power
point. Dúvidas sobre seu felino favorito? Conheça as 10 coisas que
você não sabia sobre eles:
1 – Gatos ganham de cachorros
Ao menos em números absolutos e nos Estados Unidos. Segundo a
Associação Médica Veterinária Americana, havia cerca de 81,7 milhões de
gatos nos domicílios dos EUA em 2007, em comparação com 72,1 milhões de
cães. Isso significa que pouco mais de 32% das casas estadunidenses
possuem um gato, e cada domicílio tem, em média, pelo menos dois
bichanos. No Brasil, porém, os cães ainda dominam, com 27 milhões contra 12 milhões de gatos, segundo dados do IBGE.
A propósito, cães e gatos podem viver juntos sem causar histeria em
massa. Um estudo publicado em 2008 descobriu que se os cães e gatos se
conhecem quando o felino tem menos de 6 meses de idade, e o cão menos de
um ano, as duas espécies podem conviver em paz.
O estudo diz que confrontos entre diferentes espécies pode ser nada
mais que uma falha de comunicação. Os outros animais não entendem os
olhares desconfiados dos gatos ou a submissão dos cães, por exemplo.
Entretanto, se os bichos se conhecerem desde pequenos, eles passam a
entender uns aos outros, afirmam os pesquisadores, quase como se fossem
bilíngues.
2 – Gatos são bebedores peculiares
Quando você assistir a um gato tomando água ou leite, saiba que está
assistindo a um processo delicado. Em vez de simplesmente “escavar” o
líquido para a boca, como os cães fazem, o gato toca a ponta da língua
na superfície do líquido, criando uma coluna que se estende quando ele
puxa a língua para trás. Logo antes de a gravidade superar o movimento
ascendente da língua do gato, enviando o líquido de volta para baixo, o
felino fecha seu maxilar, capturando o gole.
Em cada um desses processos, os gatos domésticos engolem cerca de 0,1
mililitros de líquido. Com quatro lambidas por segundo, eles conseguem
beber cinco colheres de chá (24 ml) a cada minuto.
3 – Gatos têm um pênis perigoso
Os gatos possuem uma característica curiosa em seus órgãos genitais:
centenas de espinhos. Ninguém sabe ao certo para que servem esses
espinhas de milímetros de comprimento. Especula-se que eles possam
melhorar o estímulo sexual para o macho ou talvez evitar que o pênis
escorregue para fora da vagina da fêmea durante a ejaculação. De acordo
com um estudo de 1967, as gatas só ovulam após a estimulação genital,
então é possível que as espinhas penianas desempenhem um papel
importante no sentido de garantir a ovulação.
Gatos machos castrados cedo, entretanto, geralmente não desenvolvem
os espinhos no pênis. Isso porque os espinhos crescem em resposta aos
hormônios masculinos. Quando um gato é castrado, seus níveis de
androgênios despencam e os espinhos ou não se desenvolvem ou se retraem.
4 – Gatos são propensos a engordar
Os seres humanos não são a única espécie com problemas com a balança –
Garfield que o diga. Nossos animais de estimação estão ficando cada vez
mais gordos. Cerca de 54% dos cães e gatos domésticos estadunidenses
estão com sobrepeso ou são obesos. Em números brutos, são cerca de 50
milhões de gatos rechonchudos.
A maioria dos gatos que vivem em ambientes fechados fazem pouca
atividade aeróbica, o que significa que eles precisam de muito pouco em
termos de calorias. Um gato de 4,5 quilos, por exemplo, necessita de
apenas cerca de 180 a 200 calorias por dia. A obesidade chega quando os
felinos ingerem bem mais do que isso. Uma porção da comida para gatos da
marca Friskies, por exemplo, possui 381 calorias.
5 – Gatos podem ser menos inteligentes que cachorros…
Apesar de sua fama e pose de superior, os gatos podem ser mais
“burros” do que os cães. Um estudo de 2010 concluiu que as espécies
sociais como os cães têm experimentado um crescimento maior do cérebro
ao longo dos últimos 60 milhões de anos, em comparação com animais
solitários como os gatos.
Um artigo do ano anterior já havia confrontado a inteligência felina
com a canina – com vitória dos cachorros. Os cães se mostraram mais
inteligentes em alguns campos, enquanto os gatos dominaram outras áreas,
mas o desempate veio a favor do animal mais útil para o homem. Dado que
tudo que um gato faz é caçar passarinhos e cães podem farejar drogas,
resgatar alpinistas perdidos e até mesmo diagnosticar câncer, os cães
foram declarados os mais inteligentes das duas espécies.
Porém, alguns podem argumentar que passar a vida relaxando ao sol
(com intervalos ocasionais para correr atrás de ratos) é um tipo próprio
de inteligência.
6 – Mas isso não significa que gatos são burros
Os cães podem ter mais uma vida social mais ativa, mas não subestime o
cérebro felino. Ano passado, pesquisadores flagraram um gato selvagem
imitando o som emitido por um pequeno macaco para chamar a atenção da
presa.
O gato-maracajá, um parente muito próximo da jaguatirica, que habia a
Amazônia, já foi visto fazendo barulhos de macaco perto de um grupo
desses animais. Quando os micos se aproximaram para investigar o som, o
gato-maracajá tentou uma emboscada. Neste caso, um dos macacos percebeu a
artimanha felina e salvou os outros animais com um grito de alerta.
Apesar disso, a observação sugere que os gatos selvagens podem ser ainda
astutos do que pensamos.
7 – Gatos têm uma péssima memória
Os gatos se lembram de obstáculos em seu ambiente por cerca de 10
minutos, de acordo com um estudo de 2007. Além do mais, os gatos têm uma
memória muscular melhor do que visual.
Quando os cientistas impediram o movimento de gatos domésticos após
as suas pernas dianteiras terem superado um obstáculo, mas antes que
levantassem as pernas de trás, os felinos só se lembraram que teriam de
superar o obstáculo novamente nos dez minutos seguintes. Quando os gatos
viam o obstáculo, mas estavam distraídos com a interrupção dos
pesquisadores, eles esqueciam do obstáculo.
8 – Gatos controlam a sua mente
É verdade, donos de gatos: seu bichano está no comando. Alguns gatos têm aperfeiçoado um ronronar agudo infalível aos ouvidos humanos. Um estudo de 2009 descobriu que os humanos consideram essa mistura de alegria e agressividade difícil de ignorar. Os gatos tendem a usar esse recurso quando querem comida, e seus proprietários recebem a mensagem e atendem ao pedido dos bichanos. Quem tem gato em casa sabe do que eu estou falando, certo?
É verdade, donos de gatos: seu bichano está no comando. Alguns gatos têm aperfeiçoado um ronronar agudo infalível aos ouvidos humanos. Um estudo de 2009 descobriu que os humanos consideram essa mistura de alegria e agressividade difícil de ignorar. Os gatos tendem a usar esse recurso quando querem comida, e seus proprietários recebem a mensagem e atendem ao pedido dos bichanos. Quem tem gato em casa sabe do que eu estou falando, certo?
9 – Os parasitas dos gatos também controlam sua mente
Um parasita que se reproduz em gatos tem a capacidade de manipular animais – incluindo os seres humanos. O protozoário Toxoplasma gondii é um mestre controlador de mentes. Ele infecta os ratos e os faz agir imprudentemente e ir para lugares onde provavelmente sejam capturados por gatos. E é exatamente isso que o parasita quer, já que ele só pode se reproduzir no estômago dos felinos.
Mas o controle mental exercido pelo Toxoplasma gondii também se estende aos seres humanos: pessoas que vivem em países com altas taxas de infecção pelo parasita apresentaram maior probabilidade de ser neuróticos do que pessoas que vivem em áreas onde as taxas de infecção são baixas. Neuroticismo é um traço de personalidade caracterizado pela ansiedade e insegurança. Se muitas pessoas são infectadas (provavelmente através do contato com gatos), os cientistas especulam que é possível que o T. gondii possa mudar o comportamento de culturas inteiras. Sempre lave as mãos depois de acariciar seu bichano.
De todas as possíveis consequências das alterações climáticas, esta é provavelmente a mais fofinha: temperaturas mais quentes e invernos mais curtos podem levar a períodos mais longos de procriação para os gatos. Com isso, mais gatinhos viriam ao mundo. Porém, isso infelizmente pode não ser uma coisa boa.
Um parasita que se reproduz em gatos tem a capacidade de manipular animais – incluindo os seres humanos. O protozoário Toxoplasma gondii é um mestre controlador de mentes. Ele infecta os ratos e os faz agir imprudentemente e ir para lugares onde provavelmente sejam capturados por gatos. E é exatamente isso que o parasita quer, já que ele só pode se reproduzir no estômago dos felinos.
Mas o controle mental exercido pelo Toxoplasma gondii também se estende aos seres humanos: pessoas que vivem em países com altas taxas de infecção pelo parasita apresentaram maior probabilidade de ser neuróticos do que pessoas que vivem em áreas onde as taxas de infecção são baixas. Neuroticismo é um traço de personalidade caracterizado pela ansiedade e insegurança. Se muitas pessoas são infectadas (provavelmente através do contato com gatos), os cientistas especulam que é possível que o T. gondii possa mudar o comportamento de culturas inteiras. Sempre lave as mãos depois de acariciar seu bichano.
10 – O aquecimento global pode significar mais gatinhos
De todas as possíveis consequências das alterações climáticas, esta é provavelmente a mais fofinha: temperaturas mais quentes e invernos mais curtos podem levar a períodos mais longos de procriação para os gatos. Com isso, mais gatinhos viriam ao mundo. Porém, isso infelizmente pode não ser uma coisa boa.
Em 2007, a organização de adoção de animais de estimação Across America avisou
que cada vez mais e mais gatinhos aparecem em abrigos em todos os
Estados Unidos, uma tendência atribuída aos verões mais longos. Uma vez
que os gatos são procriadores de tempo quente, invernos mais curtos
significam um intervalo menor entre as ninhadas. A solução é simples, de
acordo com a organização: castre seu gato e contribua para o controle
da superpopulação de gatinhos, independentemente da temperatura que faz
lá fora.
FONTE: HypeScience
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