terça-feira, 19 de maio de 2015

Cruza de Gatos - 5 Coisas importantes que você precisa fazer

Saiba quais os principais cuidados e precauções a serem tomados na hora da cruza de gatos


Tidos como animais bastante independentes, discretos e até sorrateiros, os felinos nem parecem eles mesmos quando o assunto é a cruza de gatos, já que, quem está nas redondezas de onde acontece o acasalamento dificilmente não vai notar miados altíssimos – que se assemelham a um choro de criança.

No caso dos donos de bichanos, o período mais propício para a cruza também não passará desapercebido, pois, tanto as fêmeas como os machos tem uma tendência a mudar de comportamento nessa fase, mostrando mais interesse pelos animais do gênero oposto e praticando ações típicas que indicam a sua preparação para a cruza de gatos. 

No entanto, quem é proprietário de um pet felino deve saber de alguns detalhes em relação ao acasalamento dos bichanos e, antes de se animar para receber uma ninhada de gatinhos fofos, é importante que o dono do bichinho de estimação já tenha definido qual será o destino dos filhotes.

Tendo em mente que a grande quantidade de animais abandonados nas ruas, em muitos casos, é resultado dessa falta de planejamento, é necessário lembrar que se não há condições para manter uma ninhada de gatinhos ou doá-los a quem possa lhes dar conforto e atenção, a castração do animal pode ser a melhor solução para evitar ainda mais pets perdidos pelo mundo.

Além disso, questões referentes à saúde, raça e porte dos bichanos que vão se reproduzir também devem ser levadas em conta para que tudo ocorra da maneira mais segura para os pets, evitando problemas durante a gestação e o parto das gatas. Conheça, nesse artigo, mais detalhes sobre a cruza de gatos e, caso deseje novos amiguinhos, comece a planejar a chegada dos filhotes de seu pet.

O momento ideal para a cruza de gatos
Embora diversas medidas possam ser tomadas para ajudar a diminuir riscos e facilitar o processo, quem vai definir o momento ideal para o acasalamento das gatas são elas próprias, já que isso acontece quando a fêmea entra no cio. Apesar de não exibir sangramentos - como no caso das cadelas - as gatas apresentam um comportamento bastante típico nessa fase, que pode ocorrer a partir de seus seis meses de idade.

Os primeiros sinais da maturidade sexual nas gatas aparecem até os seus dez meses de vida, na maioria dos casos; no entanto, não é recomendado que as fêmeas muito novas acasalem, sendo indicado que se reproduzam apenas as felinas com mais de um ano de idade ou a partir do seu terceiro ciclo.

O período em que ocorre o cio das gatas varia de acordo com fatores distintos, incluindo a época do ano, o clima (na maioria das vezes, mais quente) e a raça da gata, sendo que as que possuem pelagem mais curta normalmente ciclam antes das que tem pêlos compridos; que tendem a chegar ao cio apenas após os doze meses de vida.

Andar se enfregando no chão, em móveis e nas pessoas são alguns dos indicadores de uma gata no cio, assim como rolar muito no chão, ronronar demais e emitir miados com som mais rouco e diferente do normal. Durando uma média de 4 a 7 dias, o cio do animal é a hora exata para que aconteca o acasalamento e, em alguns casos, esse período pode ser um pouco maior.

Tendo isso esclarecido, não é difícil saber que os donos que querem acasalar seus pets devem escolher os candidatos ideais para a cruza com antecedência, já que, o tempo é relativamente curto quando a fêmea entra nesta fase (embora o cio vá ocorrer novamente em cerca de 15 a 20 dias). No caso dos gatos machos, a maturidade sexual chega um pouco depois da fêmea, por volta de um ano de vida. No entanto, a partir disso, basta haver uma fêmea disponível para que ele faça a fecundação, podendo acasalar até 15 vezes em um período de 24 horas, sendo que o tempo de duração na cruza pode variar entre 10 segundos e 5 minutos.

Embora não entrem no cio, os machos também exibem alguns comportamentos típicos quando percebem uma fêmea na fase por perto. Atraídos pelo odor característico que as gatas liberam durante o período para atrair os machos, os gatos marcam seu território com borrifos de urina, que deixam um cheiro bem forte no local.

Mas nem só a urina marcando território “conquista” o coração das fêmeas, e tanto o odor como os miados que elas liberam (mesmo quando ainda não estão totalmente receptivas ao acasalamento, mas se aproximando do momento) servem para atrair vários machos, que vão entrar em uma batalha para decidir quem será o escolhido e mais viril entre eles - nos casos em que a cruza de gatos que não tiver sido previamente planejada pelos donos.

O acasalamento dos gatos
Como já contamos, as fêmeas começam a atrair os machos mesmo antes de estarem completamente receptivas ao coito, e podem recusar as investidas dos gatos em algumas ocasiões. Em alguns casos, determinadas fêmeas recusam qualquer tipo de investida dos machos para o acasalamento, portanto, é importante que os parceiros sejam familiarizados um com o outro antes das primeiras tentativas, facilitando o processo.

Assim como no caso do cio, as gatas demonstram claramente para os machos quando estão receptivas à cruza, se colocando em posição de acasalamento, onde fica deitada, com a traseira levantada e a cauda de lado.

O macho rapidamente agarra em seu pescoço, imobilizando-a, monta na gata e a cópula é iniciada. Imediatamente após a ejaculação, o macho tende a sair de perto da fêmea e manter-se longe, já que ela pode apresentar comportamento bastante agressivo e dar uma série de patadas no seu companheiro, já que o pênis dos gatos é áspero e pode machucar a vagina da fêmea na sua retirada.

Fecundação, gestação e parto de gatinhos
É a partir da cruza que a ovulação da gata é desencadeada, sendo que um número alto de acasalamentos pode ocorrer no período do cio e, por isso, há a chance de que em uma só ninhada a gata gere filhotes de diferentes pais e raças. Também é possível que a fêmea não seja fecundada logo na sua primeira tentativa de cruza, necessitando de outras chances e outros ciclos para que os filhotinhos possam ser gerados de fato.

A gestação das felinas dura, em média, um período de dois meses, podendo chegar a até cerca de 70 dias. Imperceptível durante as primeiras semanas de gestação, a barriga das gatas pode apresentar poucas mudanças de crescimento mesmo no período em que ela se aproxima do parto. Portanto, é importante escolher um lugar que agrade a fêmea para que os donos já se preparem para o nascimento dos filhotes, pois, se a gata não gostar do ambiente, pode acabar procurando locais da casa como armários e gavetas, onde se sinta aconchegada e protegida durante o parto.

Também é importante (principalmente no caso das gatas de pelagem longa) que os pêlos das áreas genital e dos mamilos sejam aparados, para que a amamentação dos filhotes seja facilitada no nascimento.

Há casos em que o trabalho de parto é interrompido sem motivo aparente e por até 48 horas, no entanto, isso não é motivo de preocupação e não acarreta nenhuma consequência aos filhotes. No caso de raças como a Persa, podem haver complicações na hora do parto, já que a cabeça dos filhotes é bastante grande para o tamanho da bacia da mãe e, nesses momento, não hesite em pedir ajuda a um médico veterinário, pois ele pode avaliar a melhor forma de dar continuidade ao processo sem prejudicar os animais.

Tendo cerca de até cinco filhotes por gestação, as gatas se comportam de maneira variada durante o parto de uma ninhada e, enquanto algumas preferem ficar sozinhas e em relativo silêncio durante o processo, há outras que clamam pela companhia de seus donos, fazendo muito barulho e chamando a atenção caso ele saia do ambiente.

Após o nascimento da cria, a fêmea se encarrega de romper a membrana que envolve seus filhotes e cortar com os dentes o cordão, sendo que, na maioria das vezes, ela também come a sua própria placenta, que é rica em nutrientes. Em seguida, a mãe lambe os bebês com força, incentivando a circulação e respiração dos filhotes, além de livrar seus corpos das secreções do parto.

Lembretes importantes sobre a cruza dos gatos:
Achar um macho da mesma raça que a fêmea e de tamanho que não supere muito o seu;
As gatas precisam passar por uma avaliação de saúde no médico veterinário antes da cruza;
Vacinas e vermifugação dos animais devem estar em dia antes do acasalamento, pois são medicamentos que não podem ser aplicados durante a gestação;
Fêmeas muito novas ou muito obesas não devem acasalar. Atente-se de acasalar somente se sua gata estiver na média ideal de peso para a raça e também já tenha passado por, pelo menos, três cios.
uma visita a um profissional veterinário também é sempre indicada, para que o dono do pet possa se interar com mais cuidados e informações a fim de facilitar ao máximo esse processo acasalamento dos gatos.

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