terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Cães e gatos precisam de cuidados extras nos dias quentes


O poderoso fenômeno El Niño chegou com tudo neste verão, deixando as temperaturas até 4 graus acima da média. O calor já mexe com a rotina e o bem-estar de muita gente e também abala os animais de estimação, que podem demonstrar falta de apetite e de disposição.
Mas é possível tomar algumas medidas simples para minimizar o desconforto dos pets durante a estação e evitar que passem mal devido às altas temperaturas. Confira as orientações da médica veterinária da PremieR pet, Keila Regina de Godoy:
Ofereça água fresca e limpa à vontade. Se notar que a água está acabando depressa, providencie um bebedouro maior. Sempre mantenha a vasilha na sombra.
Não leve o pet para atividades físicas nos horários de sol mais forte. Além da temperatura desconfortável, asfalto e pisos muito quentes podem queimar o coxim plantar (almofadinha da pata), provocando graves lesões!
Não fique alarmado se o animal demonstrar alteração de apetite. É normal um cão ou gato comer menos no verão e/ou optar por se alimentar no período da noite, quando as temperaturas estão mais amenas. Deixe que ele coma no horário em que se sentir mais confortável.
Atenção: se o pet não comer, retire o alimento e ofereça em outro momento. Não deixe a ração exposta o dia todo, pois sob altas temperaturas ocorre deterioração da qualidade. E sempre descarte as sobras, pois podem facilmente estragar após contato com água ou saliva do animal, já que a umidade facilita a fermentação do alimento.
Consulte um profissional de tosa para saber se o cão de pelo longo e/ou denso pode ser tosado. Além da pelagem ser importante para promover isolamento térmico e proteger a pele dos raios solares, algumas raças não devem ser tosadas, pois existe o risco de o pelo só voltar a nascer após 6 meses. Em alguns casos é indicado fazer apenas a tosa higiênica.
No caso de cães que vivem em áreas externas, garanta sombra e um local fresco para que possam se proteger do sol forte.
Banho é bom, mas é importante secar bem e isso vale tanto para cães quanto para gatos. Principalmente os que possuem pelagem longa e densa e os que ficam em ambientes fechados. O abafamento e a umidade favorecem a proliferação de fungos e bactérias, que podem levar a problemas de pele. Prevenir é fundamental.
Ainda nos banhos, tome cuidado para não entrar água nos ouvidos. Use algodão parafinado para proteger, pois o algodão comum absorve a água e a conduz para dentro do conduto auditivo.
No verão aumentam as infestações por pulgas. Mantenha o pet protegido com bons produtos e cuide do ambiente em que vive. Isso é imprescindível para evitar problemas como, por exemplo, a DAPP (Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas), que é muito comum nesta época do ano e provoca coceira intensa, falhas na pelagem e feridas pelo ato de se coçar.
Atenção: nunca deixe um cachorro dentro do carro com os vidros fechados! Isso porque diferentemente do ser humano, que transpira para regular a temperatura do corpo, o cão ofega. Num ambiente quente, pequeno e fechado, ele não consegue manter a temperatura interna adequada e pode morrer de intermação, ou seja: de calor!
Não permita que o animal beba água de piscinas. Ele pode tentar fazer isso se sentir muito calor, mas não é aconselhável, pois a água tem produtos químicos que podem causar vômitos e até gastrite.

Atenção redobrada nos seguintes casos:
- Animais com a pele clara e pelagem branca: precisam de protetor solar para prevenir o câncer de pele. Assim como os humanos, eles são suscetíveis aos raios UV. Pedem cuidado especial com as áreas mais expostas: focinho, ponta das orelhas e patas;

- Animais de focinho curto/achatado (braquicefálicos): raças como Buldogue, Pug, Shih Tzu e gato Persa possuem dificuldade de trocar calor e facilmente entram em intermação;

- Animais doentes: cardíacos ou com problemas respiratórios, por exemplo, devem ser ainda mais protegidos do desconforto térmico. O calor tende a acentuar o mal-estar da própria doença, potencializando o sofrimento do pet. Não abra mão do acompanhamento veterinário.

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