quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Proteja seus pets dos fogos de artifícios nas festas de fim de ano


Todo o ano é a mesma coisa. Basta chegar dezembro para que comecem também os shows com os fogos de artifício. E apesar do espetáculo de luzes ser bonito de se ver, o fato é que os fogos assustam muitas pessoas e animais, principalmente cães e gatos, que possuem uma audição “poderosa” e sensível.

Assim, para que você e seu “amigão” possam curtir o Natal e o Réveillon com tranquilidade, é preciso antes pensar em segurança. Afinal, ninguém deseja passar a virada de ano procurando uma emergência veterinária para o pet que se feriu por medo do barulho dos fogos e rojões.

Para minimizar os riscos e amenizar a ansiedade e irritabilidade de cães e gatos, confira algumas dicas:

  • Evite deixar seu cão ou gato sozinho. Em casas, eles tendem a fugir para buscar seus donos. Em apartamentos, há o risco de queda da varanda também em tentativas de fuga do animal.

  • Animais que ficam em quintais devem, se possível, ser levados para dentro de casa e mantidos sem correntes ou coleiras. Eles podem se ferir no momento de medo.

  • Escolha um cômodo que possa ficar fechado, isolado na casa e com pouca interferência do barulho de ambientes externos. Deixe que o animal procure um local da casa em que se sinta protegido.

  • Para quem tem gatos, uma boa dica é deixar armários com as portas abertas para que eles encontrem espaços tranquilos onde se esconder. Cães também costumam ficar embaixo de camas. Deixe-os escondidos e não tente tirá-los do local escolhido.

  • Evite passar a sua tensão para o animal. Há donos que os colocam no colo e ficam nervosos com a possibilidade do estresse do cão e do gato. Isso só intensifica o medo do animal.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Férias: conheça os cuidados para viajar com seu pet



Com a aproximação das festas de fim de ano e início das férias, é muito comum as famílias saírem em viagem. E já que o assunto é família, não dá para deixar para trás o filho de quatro patas, não é mesmo? No entanto, o que parece uma tarefa simples, requer alguns cuidados para levar o pet na viagem de família e com segurança.

Um primeiro passo para levar seu cão ou gato na viagem é passar por uma consulta com um médico-veterinário, pois é necessário averiguar se as vacinas estão em dia e também se há controle de carrapatos ou outro parasita e avaliar todas as condições para que ele esteja apto para viajar. O médico-veterinário também pode sugerir um kit de emergência que seja importante e específico para cada pet, caso haja algum imprevisto durante o passeio.

Para quem pretende viajar de carro, é importante ter em mente que deverão ser feitas diversas paradas no percurso para que os animais de estimação possam alongar o corpo, beber água e urinar. No Código de Trânsito Brasileiro não existe uma regulamentação específica sobre como o pet deve ser carregado nos carros, sendo proibido apenas conduzi-los nas partes externas dos veículos, nem à esquerda ou entre os braços e pernas do motorista. No entanto, para transportá-lo com mais segurança no carro, existem cadeiras específicas para eles e que são presas ao cinto de segurança, impedindo que sejam arremessados em caso de colisão, por exemplo. Também há opção de utilizar uma espécie de coleira que pode ficar fixada no engate do cinto de segurança.

No caso de viagens de avião, há a necessidade do certificado de inspeção veterinária ou atestado de saúde e que deve ser emitido até dez dias antes da viagem. Nos aviões, os pets precisam ser transportados em caixas e a recomendação é que elas tenham local para água e ração fixos, evitando que tombem durante o voo. Assim como nas viagens de carro, se for possível, nas escalas, tire o animal da caixa para que possa caminhar um pouco. Com certeza, isso ajuda a diminuir o estresse causado pela viagem.

É importante destacar, também, que não se deve viajar com animais muito velhos, muito novos ou em fase de gestação. E se a opção for mesmo fazer a viagem com o pet em família, é imprescindível que tenha coleira com identificação, contendo o nome dele, do tutor e um telefone para contato.



Fonte: Qualittas

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Luxação da patela é recorrente e afeta a mobilidade do pet


Ao adotar um pet todo cuidado é pouco para ele não se machucar, ficar sempre confortável e evitar desenvolver qualquer tipo de doença. Mantendo uma alimentação saudável e um ritmo de exercícios e qualidade de vida, o cão ou gato não terá problemas de saúde, certo? Errado. Ele pode, sim, ter complicações, em especial ortopédicas, mesmo vivendo de forma equilibrada, como é o caso da luxação da patela.

Esse quadro de saúde é de origem ortopédica e prejudica a região do joelho do pet e consequentemente toda sua movimentação. É comum veterinários atenderem casos dessa enfermidade. Por isso, é preciso saber se é possível evitar a luxação da patela , como tratar o animal e maneiras de melhorar a qualidade de vida dele, apesar dessa situação.

O que é luxação da patela

Primeiro, é preciso entender o que acontece com o corpo do pet. A patela, também chamada de rótula, é um osso do joelho responsável por alinhar o músculo do quadríceps (no quadril) e, portanto, responsável por segurar boa parte da estrutura óssea. Quando ocorre a luxação (ou inchaço) dessa área, há um desencaixe das articulações - o que causa uma dor severa.

É mais recorrente em cães de pequeno porte e em gatos obesos e ao mesmo tempo bem ativos. No geral, todas as raças podem ter esse problema, mas em especial as seguintes:
  • Poodle 
  • Shih Tzu 
  • Dashchund 
  • Pug 
  • Chihuahua 
  • Bichon Frisé
  • Lhasa Apso
  • Pequinês
Mas é claro que algumas raças de grande porte também podem ter, como o Golden Retriever, Labrador Retriever , Cocker Spaniel e o Bulldog Inglês . Normalmente os cães maiores têm mais tendência a desenvolver problemas na articulação, devido ao peso sobre a estrutura óssea. A partir de determinada idade (ou logo quando se é filhote) o corpo não consegue acompanhar os quilos a mais e os ossos sofrem.

No caso dos bichanos, a complicação está mais ligada ao tipo de estilo de vida do animal do que à raça dele. Se ele é sedentário demais ou se por outro lado é ativo e está sempre pulando e caindo, tem mais chance de ter a luxação. No entanto, o gato da raça Bengal é um dos que mais aparece no consultário veterinário com esse tipo de problema.

Possíveis causas

O principal fator que desencadeia a luxação da patela é a questão genética. Muitas vezes, os cães já nascem com aquela condição, que aparece em algum momento da vida do pet por alguns sintomas.

Já no caso dos gatos as causas podem ser evitadas em alguns casos: quedas, saltos e exercícios que exigem muito do corpo tendem a reverter para um quadro complicado. Normalmente felinos que têm uma vida muito ativa, dependendo do esforço, prejudica a região da patela.

Como dito antes, animais obesos estão ainda mais propensos à essa situação, porque acabam forçando a estrutura do joelho, mesmo que sem querer, de forma a desenvolver traumas.

Tipos de luxação da patela

A luxação da patela tem diferentes níveis de gravidade e afeta cada animal de uma maneira diferente. Para entender qual pode ter acometido seu pet, confira do mais ameno para o caso mais grave:

  1. O veterinário manipula de forma fácil a patela, soltando-a. Dessa forma ela volta automaticamente para o lugar.
  2. Nesse caso a patela sai sozinha do lugar e fica indo e voltando, mas sempre para a posição certa. Porém, já é recomendada a cirurgia para evitar esse problema.
  3. A patela sai sozinha do lugar, mas precisa do veterinário para reencaixá-la ou o próprio animal consegue se movimentar e fazê-la voltar esticando a perna para trás e tentando colocar a patela no sulco patelar.
  4. Esse grau é tão sério que a intervenção cirúrgica é obrigatória. O movimento da perna do próprio cachorro não auxilia no processo, nem a manipulação do veterinário. É importante lembrar que nesse estágio a cirurgia apenas ameniza a situação, mas não cura totalmente e é provável o pet perder boa parte do movimento da perna e do joelho. 

Principais sintomas 

Nem sempre os animais acometidos por essa complicação vão deixar os sinais claros, mas é comum observar certo incômodo e alterações no físico do pet. Normalmente ele começa a mancar bastante, com uma ou duas pernas, e pode ser diariamente ou só de vez em quando, mas costuma ser recorrente. Para tentar melhorar o quadro, ele tenta esticar a perna para trás durante a caminhada.

As articulações parecem inchadas e o animal se incomoda ao ser tocado na região. As dores são irregulares e pioram ainda mais durante o frio e em ambientes de temperatura muito baixa. Visualmente nota-se um movimento da parte inferior do joelho para fora (lateral) ou para dentro (medial), de acordo com o lado luxado.

É possível perceber também que ele faz de tudo para não apoiar o peso em uma das pernas (geralmente a machucada), principalmente quando vai fazer xixi ou mesmo enquanto caminha, deixando-a suspensa. Dessa forma, ele não consegue mais pular ou dar saltos muito altos. 

Há prevenção? 

Na verdade, no caso de cães que têm o problema por origem genética, só resta ao tutor esperar o surgimento de algum sintoma e iniciar o tratamento o mais rápido possível. 

Gatos obesos devem ter seus hábitos alimentares e físicos alterados, de forma a perder peso e ter uma vida mais saudável. Isso ameniza em grande parte qualquer tipo de complicação nas articulações e nos ossos. Além disso, o ideal é o felino não dar saltos muito altos nem pulos com os quais possa se machucar ou ter uma queda perigosa. Tudo isso exige em excesso do corpo e pode desenvolver problemas até na velhice.

Tratamento

Para diagnosticar o problema, além da avaliação médica, é preciso tirar um raio-X (exame de imagem) para ter certeza e pode identificar ou não uma possível displasia coxofemoral . 

Normalmente, depois da cirurgia ou em caso de uma complicação na mobilidade, a fisioterapia veterinária é o mais adequado para melhorar a qualidade de vida do animal e permitir movimentos completos novamente. Mas isso varia da necessidade do pet no processo pós-cirúrgico da luxação da patela.


Fonte: Canal do pet

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

“Meu pet não quer comer”: veja o que fazer quando isso acontece


Cães e gatos que, de uma hora para outra, param de se alimentar, precisam de um olhar mais atento. Às vezes, a questão é simples e pode ser resolvida facilmente, apenas com a substituição da marca ou do sabor da ração. Em outros casos, o problema pode ter origem orgânica ou mesmo psicológica e, além de provocar a redução gradual de peso no animal, pode enfraquecê-lo e acabar agravando o quadro ou ainda acarretando outras doenças.

Qualquer doença, infecção e disfunção hormonal pode interferir diretamente no apetite do animal. Mas, assim como os seres humanos, os bichinhos também estão sujeitos a depressão e outros problemas psicológicos que resultam na redução do apetite.

A ausência prolongada do tutor, seja por causa de uma viagem ou mesmo por causa de um óbito, a mudança de casa ou a chegada de um novo membro à família podem gerar um estresse inesperado a ponto de levar o animal a rejeitar a comida. Para resolver o problema, o primeiro passo é levá-lo ao médico veterinário para uma avaliação clínica e o diagnóstico adequado.

Doenças mais comuns

Entre as questões orgânicas, as possibilidades vão desde problemas gastrointestinais ou medicamentos que o animal esteja utilizando até situações pontuais, como picadas por insetos e que podem apresentar uma evolução rápida, dependendo do caso. As mudanças fisiológicas no animal, com o decorrer da idade, também podem influenciar no ritmo alimentar e merecem atenção.

Se o problema for decorrente da ausência do tutor, o mais indicado é ocupá-lo com atividades nesse período, promover o enriquecimento ambiental do espaço onde fica, deixando disponíveis brinquedos para entretenimento ou, até mesmo, arrumar um novo companheiro, seja ele gato, seja ele cachorro.

Metabolismo

O metabolismo dos felinos tem deficiência de algumas enzimas, por isso o uso da ração adequada para gatos é fundamental. Como o organismo não consegue sintetizar alguns nutrientes, essas substâncias devem ser fornecidas pré-formados na dieta, como a vitamina A, o ácido aracdônico e a taurina.

Vômito

Não é raro gatos saudáveis vomitarem pelos. Os bichanos ingerem pelos com o hábito de se higienizar, ao se lamberem. Uma das formas para tentar minimizar este problema é a escovação diária dos felinos.



Fonte: Gazeta do Povo

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Acredite: pets também podem ter alergia alimentar


Definitivamente não dá para oferecer qualquer comida a cães e gatos. De acordo com um estudo da Academia Europeia de Alergia e Imunologia Clínica, assim como nós, bichos também podem apresentar alergias alimentares.

Para ter ideia, o número de pets acometidos pelo problema é semelhante ao de humanos. Os principais sintomas surgem na pele, como perda de pelos, comichão, eczema e urticária. Até o sistema digestivo sofreria reveses. Todos esses sinais podem aparecer horas ou até um dia após a ingestão dos alimentos – veja os grandes causadores de reações abaixo.

“Além disso, algumas das coisas que comemos são simplesmente tóxicas para eles”, acrescenta a veterinária Isabella Pali, uma das autoras do trabalho. Então, de novo: nada de dividir todos os seus pratos e suas guloseimas com o bicho. Ele pode se dar mal.

E a intolerância?

Parece que esse é outro chabu capaz de abalar gatos e cães. No caso, os sintomas mais prevalentes seriam os gastrointestinais, como cólica, diarreia e vômito. Desconfia-se de que a lactose e o glúten armariam a encrenca. Isabella destaca, porém, que ainda é difícil entender direitinho a intolerância nos pets.

Os suspeitos de causar reações

Os alimentos que mais afetariam os bichos
  • Frango
  • Carne vermelha
  • Trigo
  • Ovo
  • Arroz
  • Leite
  • Soja

Fonte: Saúde

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Saiba como o horário de verão pode afetar os pets


É comum escutarmos que, durante a transição para o horário de verão, muitas pessoas ficam mais cansadas. Isso se deve principalmente à alteração da qualidade do sono, que pode ficar comprometida nesse período. Os mais afetados costumam ser as crianças, que acabam demorando um pouco mais para entrar nos eixos. Mas e os pets? Eles também podem sofrer com essas mudanças? A resposta é sim!

Cães e gatos, assim como a criançada, acabam se habituando a uma rotina. Quem nunca presenciou aquele momento em que o cãozinho, mesmo sem relógio, avisa o dono que está na hora de fornecer a sua comida? Eles se acostumam com o dia a dia da casa e até com a presença ou a ausência da luz solar.

Com a chegada do horário de verão e durante a semana de transição, tudo isso pode mudar. Portanto, não estranhe se o seu pet estiver sonolento ou pedir a comida em um horário diferente – essa adaptação pode levar pelo menos sete dias. Para ajudar seu amigo, procure manter uma rotina normal em relação à nova referência de tempo. Colocar o animal para dormir e acordá-lo na hora certa ou ajustar os momentos dos passeios e da alimentação são dicas para acelerar esse processo e garantir que a sua saúde não seja prejudicada.


Fonte: Saúde

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Pets também podem doar sangue e salvar cães e gatos; saiba como


Animais de estimação também podem ser doadores de sangue e salvar vidas de cães e gatos que sofreram um acidente ou foram diagnosticados com alguma doença. Mas, assim como ocorre com humanos, são necessários alguns exames e requisitos para realizar o procedimento. Ser calmo, estar com as vacinas em dia, não estar obeso e não ter recebido transfusão de sangue estão entre as exigências para poder fazer a doação.

Responsável pelo laboratório e centro de hemoterapia veterinária do Hemovet, Simone Gonçalves explica que muitas pessoas desconhecem o serviço. "A pessoa só vai ter noção quando o seu animal entrar em um processo de necessidade de doação. A gente tem a adesão no boca a boca, tutores que precisam vão divulgando, é uma necessidade rotineira. O mesmo problema encontrado por humanos (de baixo estoque de sangue) é encontrado por nós."

Simone diz que, assim como os seres humanos, os cachorros e nos gatos têm diferentes tipos sanguíneos. "No cão, temos mais de 13 grupos sanguíneos que variam entre as raças. O labrador, por exemplo, tem o tipo sanguíneo mais comum. O gato tem três tipos sanguíneos e é mais parecido com o ser humano. Eles têm o A, o B e o AB." Em caso de transfusão, é verificado se o sangue é compatível. "No cão, não tem como realizar um teste de tipagem sanguínea, então, é feito um teste de compatibilidade. Para o gato, há kits para os três tipos sanguíneos e também é feito o teste de compatibilidade. Isso é necessário porque, se for incompatível, o risco de morrer é grande. Pode causar uma reação de destruição das hemáceas."

Na doação, os componentes do sangue, como plaquetas e plasma, são separados e podem ajudar mais de um animal. "No caso de um cão, ele salva quatro vidas. O gato ajuda duas vidas."
Requisitos

A coleta do sangue é feita pela veia jugular do animal. Por isso, é importante que ele seja dócil. Em gatos, é possível fazer uma sedação leve para o procedimento ser realizado. Além desses, há outros requisitos para a doação, como peso mínimo, vacinação em dia, etc.

"No caso do cão, ele precisa ter peso superior a 27 kg, não pode ter problemas cardíacos, ter recebido transfusão e ser obeso. Também precisa estar com vacina e vermífugo em dia e as fêmeas não podem estar prenhas", diz Stephânia Melo, veterinária sócia da Live Diagnósticos Veterinário. Segundo ela, a doação de sangue não prejudica o animal doador. "Não tem efeito colateral. Em até três meses, o volume de sangue é reposto pelo organismo e o animal salva vidas."

Requisitos para doar:

Cães

- Idade entre 1 e 8 anos

- Peso mínimo de 27 kg

- Temperamento dócil

- Vacinação e vermifugação atualizadas

- Controle de pulgas e carrapatos

- Não apresentar doença ou transfusão prévia


Gatos

- Temperamento dócil

- Peso mínimo de 4 kg

- Idade entre 1 e 7 anos

- Vacinação e vermifugação atualizadas

- Controle de pulgas e carrapatos

- Não apresentar doença ou transfusão prévia



Fonte: Estadão

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Câncer de próstata também pode atingir pets


Depois das campanhas do outubro rosa, a chegada do mês de novembro marca os cuidados relativos à prevenção do câncer de próstata para o universo masculino – e os pets machos também devem entrar na onda!

O câncer de próstata é caracterizado pelo crescimento exagerado de células cancerígenas na glândula prostática, causando um aumento no tamanho dessa estrutura. Apesar das doenças na próstata poderem se manifestar em todos os mamíferos, dentre os animais de estimação são os cães de pequeno porte os mais atingidos. No entanto, não existem raças mais propensas a desenvolverem esse quadro e o aparecimento do câncer, geralmente, acontece quando os pets estão mais velhos, na faixa etária entre 9 e 10 anos.

Os sintomas que acusam alguma alteração na glândula prostática são bem específicos. Um deles é a dificuldade para defecar e urinar, pois devido à proximidade da próstata ao ânus, seu aumento interfere no canal do reto e dificulta a saída das fezes. Movimentos de locomoção limitados, como subir em móveis ou degraus, também podem indicar uma possível alteração no tecido da próstata. Emagrecimento por diminuição de apetite também é um sinal que merece atenção.

Segundo Renata Setti, médica veterinária especializada em Oncologia e parceira do COMAC (Comissão de Animais de Companhia), o primeiro passo para um diagnóstico preciso é consultar um médico veterinário para exames de prevenção. A palpação retal é um deles. O exame é indolor, dispensa a necessidade de anestesia e permite que o veterinário detecte algum aumento significativo da glândula. O ultrassom de abdômen e a radiografia da região lombar (onde está localizado o órgão) podem dar indícios do tamanho da próstata e se está afetando a bexiga ou coluna. Todos esses diagnósticos avaliam também a possibilidade de metástases. Exames mais invasivos como a citologia ou a biópsia da próstata também são aplicados e necessitam de anestesia para serem realizados.

A prevenção está diretamente relacionada à realização de exames de rotina. Tumores benignos possuem sintomas parecidos ao tumor da próstata e cães não castrados são mais propensos a desenvolvê-los. Por isso, a castração é importante inclusive para prevenir infecções e tumores benignos. “Estima-se que 75% dos cães adultos não castrados vão desenvolver tumores benignos chamados de Hiperplasia Prostática Benigna, que tem sintomas semelhantes ao tumor da próstata”, alerta a Dra. Renata Setti.

Assim como em homens, o tratamento é baseado em quimioterapia e cuidados que atenuam as dores e desconfortos. Para isso, o uso de medicação e cuidados com a alimentação é de grande relevância. Devido à dificuldade em defecar, às vezes o uso de laxantes é recomendável. Os efeitos colaterais da quimioterapia não são intensos como nos humanos, os animais tendem a aceitar melhor a mediação. Não é comum suspender um tratamento por efeitos colaterais severos.

Em casos de suspeita de câncer, independente de sua origem, não se deve esperar e o veterinário precisa ser acionado rapidamente, pois o tempo e o diagnóstico precoce são essenciais para um tratamento eficiente para garantir boa qualidade de vida aos pets.


sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Exercício bom pra cachorro


Ao adquirir um cão, nos comprometemos a dar-lhe amor, carinho, atenção e a cuidar de sua saúde e bem estar. Em troca, recebemos um amor incondicional.

Porém, com o passar dos anos, na correria do dia a dia, é cada vez mais comum observarmos uma família inteira (e isso inclui o cão) em casa, sentada na frente da televisão ou do computador, comendo petiscos - na maioria das vezes, pouco nutritivos. Hoje buscamos remédios, vitaminas ou suplementos milagrosos e não investimos em uma mudança simples de hábito que pode mudar muito a qualidade de vida do cão: a atividade física!

Em apenas 30 minutos diários de caminhada podemos diminuir uns quilinhos do seu cão, melhorar a condição cardiovascular, fortalecer os músculos, prevenir hipertensão, obesidade, diabetes e regular os níveis de colesterol, entre diversos outros benefícios. 

Não importa a raça, o porte e a idade, todos os cachorros devem se exercitar desde filhotes e mesmo velhinhos. O exercício físico deve ser regular e sem pausas. Se seu cão tem o hábito de fazer as necessidades na rua, este período não deve ser considerado como caminhada. Antes de iniciar qualquer atividade diferente da rotina habitual, devemos levá-lo ao veterinário para um check up e orientações sobre as condições físicas atuais. Pode haver recomendações específicas para cada animal, principalmente se ele já tem alguma doença prévia ou se há muito tempo não faz uma avaliação criteriosa.

Os exercícios devem ser iniciados com calma e respeitando os limites de cada cão. O tempo e a intensidade da caminhada devem ser aumentadas de forma gradativa.

Evite exercitá-lo sob sol forte e nos períodos mais quentes do dia, entre 10 e 15h. Leve sempre água fresca e, se o animal ficar ofegante, diminua o ritmo e procure um local sombreado. Não ofereça alimento imediatamente antes da atividade física para evitar vômitos ou mal estar. Nunca saia de casa sem coleira e guia para a sua segurança, a de seu cão e das outras pessoas. Corridas e exercícios por períodos maiores que 30 minutos não são para principiantes, pois exigem um bom condicionamento físico.

Os cães de porte grande, como o labrador, o golden retriever e o pastor alemão, costumam acompanhar seus donos com maior facilidade em atividades intensas, mas isso não descarta a necessidade de prepará-los e condicioná-los adequadamente antes de submetê-los a novos desafios. Problemas articulares como a displasia coxofemural ( um problema na bacia comum em raças como rottweiler, labrador, golden retriever e bulldog) ou a luxação de patela (uma alteração no joelho comum em poodle, shiitzu e maltês) podem dificultar a boa execução da atividade física, limitando o desempenho e podendo causar dor. Nestes casos, existem alternativas como a natação e caminhadas em hidroesteira, esteira para caminhada debaixo d'água. Esses exercícios diminuem o impacto e a sobrecarga das articulações, facilitando a locomoção.

Animais que praticam atividade física regularmente apresentam melhora no comportamento, se tornam mais dóceis e obedientes, têm melhora na qualidade do sono e podem ter a sobrevida aumentada em 2 anos, o que, para todos, é uma enorme recompensa!



Fonte: Época 

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Humanos entendem a “língua” dos cães em 63% dos casos


É claro que ninguém quer discutir Hamlet ou as eleições francesas com o basset hound de orelhas caídas aí em cima. Mas a vida dos donos sem dúvida seria mais fácil se os cães, em vez de latir e rosnar, pudessem avisar em bom português quando estão com sede, fome ou vontade de passear.

Ainda bem que a ciência sempre tem um consolo. Pesquisadores de uma universidade húngara chamada Eötvös Loránd descobriram que, barreiras linguísticas à parte, o ser humano na verdade é muito bom em adivinhar o significado das vocalizações caninas.

Em um teste de laboratório, 40 voluntários ouviram 18 gravações com rosnados de vários cães. E conseguiram distinguir os sons amigáveis dos agressivos em 63% dos casos.

As gravações foram feitas em diferentes situações. Em algumas, o animal estava brincando. Em outras, defendia um pote de comida ou encontrava outro cão, estranho e potencialmente perigoso.

As mulheres, em geral, foram mais sensíveis ao teor dos rosnados: 65% delas acertaram o humor do cãozinho sempre, contra só 45% dos homens. Como era de se esperar, os voluntários que já conviviam com animais no próprio cotidiano se deram melhor: 60% deles souberam dizer o que os cachorros estavam pensando, contra 40% dos que não tinham o melhor amigo do homem em casa.

Outra conclusão curiosa do artigo científico é que os cães podem usar sua “voz” para dar a impressão de que são maiores do que são realmente, mas não fazem isso sempre. Quando um cachorro de pequeno porte rosnava ao encontrar outro cão, estranho, os participantes em geral eram capazes de adivinhar o tamanho do animal usando apenas a audição. Quando estava protegendo o pote de comida, por outro lado, o animalzinho manipulava o ruído para parecer maior do que é realmente.



sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Cachorro com diarreia? Saiba as possíveis causas e como agir corretamente


Quem tem cachorro sabe, eles amam sabores diferentes e estão sempre pedindo um pedaço do que o dono está comendo. Mesmo que ele não ganhe o que pede acaba comendo alimentos não indicados que caem no chão ou que são furtados. Não à toa é comum encontrar um cachorro com diarreia.

O dono precisa ficar atento porque nem sempre a causa é proveniente da alimentação. Na maior parte das vezes não há muito o que se preocupar e o cachorro com diarreia ficará bom rapidamente. Porém, a partir do momento em que o problema é percebido o animal deverá ser muito bem observado para que haja certeza e a possibilidade de causas mais graves sejam descartadas. 

Causas da diarreia em cachorros

Como foi dito a causa mais comum de diarreia em cachorros é a ingestão de alimentos impróprios, ou seja, que está estragado, que o animal tem alergia... Além disso o uso de alguns remédios específicos podem fazer com que as fezes fiquem menos consistentes, nesses casos o veterinário já terá alertado antes sobre a possibilidade.

Outras possíveis causas são:

Estesse: Os cães desenvolvem o problema do estresse por diferentes motivos e a diarreia é apenas um dos sintomas apresentados. O animal que acabou de participar de uma mudança de casa ou de rotina e aquele que fica boa parte do tempo sozinho em casa possui uma probabilidade maior de ter a doença. 

Parasitas: Animais estão sempre em grande contato com o solo, terras e gramas. O contato da boca dele com diferentes objetos também é constante. Esses fatos aumentam as chances de contato com parasitas que se instalam no aparelho digestivo e causam diferentes doenças (giárdia, coccdiose, lombriga...) que tem a diarreia como um dos sintomas. 

Viroses: Os diferentes tipos de viroses, consideradas doenças perigosas na vida dos cães, também causam diarreia. Parvovirose, coronavirose e cinomose são alguns dos nomes temidos por qualquer dono. Outros sintomas como febre, falta de apetite e falta de disposição também deverão aparecer. Essas doenças possuem alto risco e precisam ser tratadas imediatamente para que haja alguma possibilidade de recuperação. 

Infecções: Além dos parasitas e vírus os cachorros também estão muito expostos a bactérias. A presença indesejada delas no organismo pode causar problemas como febre e diarreia. 

O que fazer?

Assim que o dono perceber que o cachorro está com o problema deve começar a observar o comportamento e outros sinais possíveis que o animal possa dar. Não se desespere muito se diarreia for o único sinal apresentado, ela deve passar em questão de 24 horas. 

Manter uma dieta leve e saudável no tempo de recuperação é fundamental. Evite oferecer petiscos industrializados e alimentos humanos. Água fresca e em bastante quantidade ajudam.

Caso haja outros sintomas como febre ou falta de apetite um veterinário deve ser procurado imediatamente. A mesma atitude deve ser tomada se a diarreia persistir por muito tempo. 

Tratamento 

O melhor tratamento para qualquer problema de saúde animal sempre será dado por um veterinário após consulta e exames. No caso de um cachorro com diarreia os procedimentos vão depender da causa. As mais graves como cinomose e parvovirose podem ocasionar até em internação para cuidados intensivos. 

Na maior parte dos casos o animal costuma ganhar uma nova dieta e algumas restrições. Remédios específicos podem ser indicados para recuperar nutrientes perdidos, reconstituir o organismo ou combater o agente causador. 

Prevenção

O grande leque de possíveis causas de um cachorro com diarreia impede que haja uma forma de prevenção eficaz. É indicado que os donos respeitem a dieta dada pelo veterinário, impedindo que o animal coma alimentos impróprios. Evitar o contato com feses contaminadas por vírus e parasitas também é muito importante.



Fonte: Canal do Pet

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Cães são mais expressivos quando um humano olha


Acha seu cão bastante expressivo? Um estudo da Universidade de Portsmouth afirma que eles são mais expressivos quando um humano está olhando. As expressões, afirma o estudo, são uma forma de comunicação entre os animais e pessoas.

Pela primeira vez, um estudo encontra evidências claras de que os animais podem expressar por meio da face emoções em resposta a atenção de humanos. O estudo foi publicado no periódico científico Scientific Report.

O trabalho dos cientistas envolveu provar que as expressões não são geradas simplesmente por animação, mas, sim, com o objetivo de comunicação. Expressões faciais não foram vistas, por exemplo, depois que os animais avistaram comidas.

“Agora temos confiança de que a produção de expressões faciais feitas por cães depende de atenção por parte de sua audiência e não é somente resultado de excitação”, diz Juliane Kaminski, líder do estudo, em comunicado.

“As descobertas dão suporte a evidências de que os cães são sensíveis a atenção humana e que expressões são tentativas ativas de comunicação, não somente exibições de emoção.”

Duas expressões bastante conhecidas por humanos se destacaram no estudo. A primeira é a língua pendurada para fora da boca. A segunda é a clássica levantada de sobrancelhas, que pode derreter o coração de alguns.

O estudo sugere algo que amantes de cães já acreditavam. O contato visual entre o humano e o animal é essencial para que haja a formação de expressões faciais.

O estudo debate se essa forma de comunicação vem por conta da domesticação dos cães.

“Cães domésticos têm uma história única – eles vivem ao lado de humanos há mais de 30 mil anos e durante esse tempo a pressão por seleção parece ter atuado na habilidade dos cães de se comunicar conosco”, diz Kaminski.

O estudo está disponível para leitura do site da Nature.



Fonte: Exame

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

5 problemas de pele comuns em gatos


A alimentação e os hábitos cotidianos dos gatos influenciam diretamente na saúde deles. Se ele come pouco ou ingere comidas pobres em nutrientes e vitaminas, provavelmente ficarão com o sistema imunológico mais frágil. Com os problemas de pele não é diferente: essa região sensível do corpo está sujeita a desenvolver doenças e certas reações do organismo, mas é possível evitá-las e tratar em caso de diagnóstico confirmado.

Os felinos são conhecidos por serem fechados e menos calorosos, o que leva a um comportamento mais reservado quando estão mais doentinhos. Mas nem sempre é assim. Às vezes o incômodo dos problemas de pele é tanto que até o mais quieto dos bichinhos demonstra que não está tudo bem, basta perceber os sinais. 

Ácaro de ouvido

Ácaros nada mais são do que parasitas que adoram cera e os óleos acumulados nas orelhas do gato. Começam a se alimentar das sujeirinhas e logo provocam infecções; afinal, a cera é uma forma de proteger essa região do corpo. Normalmente, para tratar é suficiente aplicar gotas de remédios específicos na orelha do pet e limpar o local, sempre de acordo com a orientação de veterinários.

Seu gato é reservado? Esse incômodo é rapidamente percebido: nesse caso o pet costuma inclinar e balançar muito a cabeça, além de coçar constantemente a área inflamada. O ouvido costuma apresentar, ainda, um corrimento escuro e mau cheiro. Em caso de haver outros animais em convivência com o doente, é importante realizar o tratamento neles também. 

Dermatite 

Essa inflamação da pele pode ser de diferentes tipos e causas: por alergia a pulgas, a alimentos ou por excesso de lambedura. Mas no geral todas levam às mesmas consequências: feridas e falhas na pelagem devido à queda intensa, principalmente porque o gato fica raspando a pata de forma agressiva.

Pulgas: nesse caso, a melhor maneira de prevenir é controlando as pulgas no felino. A presença delas provoca bolinhas parecidas com grãos, mais presentes na base do rabo, além das coxas internas e das patas traseiras. 

Alergia a alimentos: é comum certas composições de alimentos levarem a reações alérgicas, seja um ingrediente natural ou conservante presente na ração, por exemplo. Costuma afetar mais cabeça, o pescoço e as costas, causando bastante coceira. As pálpebras tendem a ficar inchadas. 

Mas como saber o responsável por esse processo? O melhor é restringir certos alimentos da dieta do animal até descobrir. A reação hipoalergênica pode ajudar muito. 

Dermatite no rabo: essa parte do corpo do pet libera óleos naturais, mas às vezes em excesso, um líquido marrom que lembra cera. Os gatos não castrados são mais vítimas desse problema do que os demais. É importante desinfetar a região e limpá-la com xampu específico para decompor essa oleosidade, chamado de antisseborreico. 

Em todos esses casos a lambedura constante só atrapalha e piora a situação. Normalmente deixa as feridas ainda maiores e aumenta a chance de pegar uma infecção. Sempre que vir o gatinho fazendo isso, tente pará-lo.

Alopesia psicogênica 

Uma das causas desse dano na pele é o estresse. E a forma como o felino expressa a ansiedade e o tédio que sente, é por meio de lambidas. O objetivo do tratamento deve ser encontrar maneiras de deixá-lo menos estressado; seja por meio de medicamentos próprios para isso ou por mudanças simples de hábito, como oferecer mais carinho a ele.

Acne

Pois é, gatos e cachorros têm acne assim como os humanos. Nos felinos, o problema se manifesta na parte inferior do queixo e nas bordas dos lábios por meio de potinhos pretos. Pode estar associado aos comedouros e bebedouros de plástico, um tipo de material complicado para certos animais. Algumas pessoas usam saquinhos de chá de camomila para aliviar a dor e abrir os poros, além de limpar a região com sabão ou álcool.

É comum os médicos indicarem mais ácidos graxos na alimentação dos pets, mas não deixe de consultar um de sua confiança antes de qualquer atitude.

Queimaduras de sol 

Certos felinos, em especial os de pelagem clara e pele sensível, podem se queimar facilmente com o sol. Por isso, devem ficar pouco tempo expostos e o ideal é usarem protetor solar próprio para gatos. Além de evitar os risco de se queimar, previne um possível câncer. Geralmente, aqueles com menos pelos e com o corpo mais exposto, como o Sphynx, são os mais afetados.


Fonte: Canal do Pet

terça-feira, 17 de outubro de 2017

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Outubro Rosa Pet


Nos últimos anos, o mês de outubro tornou-se um importante aliado na luta contra o câncer de mama na mulher. Conhecido como “Outubro Rosa”, o movimento agrega várias instituições em prol da missão de orientar a população quanto à prevenção do tumor. No mundo animal a história não é diferente. Uma corrente cada vez maior de veterinários e profissionais da área se reúne todo mês de outubro para lembrar que o câncer de mama pode atingir também nossos melhores amigos. Falamos agora do “Outubro Rosa Pet”.

O câncer de mama atinge mais cadelas do que gatas de qualquer raça, sendo mais frequente em bichos com idade acima de 5 anos. O diagnóstico precoce pode ser feito com o auxílio dos donos, realizando uma espécie de “auto-exame” no animal, por meio da palpação das mamas da fêmea.

Na campanha do “Outubro Rosa Pet”, veterinários em todo o Brasil orientam os tutores a palpar as mamas dos animais à procura de pequenos nódulos firmes do tamanho de uma ervilha. Uma vez que esse nódulo é confirmado em consultório, a conduta é retirá-lo em uma cirurgia e mandá-lo para análise em laboratório para averiguar de que tipo de tumor se trata. Em 50% dos casos encontramos tumores malignos — daí a necessidade de detectá-los precocemente. Quando retirados logo no início, as chances de cura tornam-se altíssimas e muitas vezes nem é preciso submeter o bicho a sessões de quimioterapia. A cirurgia, por si só, atinge a cura. Aliás, é bom que se diga que, nos animais, essa intervenção não causa tantos efeitos colaterais como no ser humano.

Outra medida preventiva importantíssima disseminada nas campanhas do mês de outubro é a castração. Sabe-se que a realização precoce do procedimento resulta numa queda expressiva no risco de um câncer de mama aparecer. Por isso é importante conscientizar a população sobre essa ferramenta de prevenção. Fêmeas não castradas têm 26% de probabilidade de desenvolver um tumor maligno na mama; se a castração for realizada antes do primeiro cio, entre 5 e 9 meses de idade, este índice cai para 0,5 %. Esses números apontam, portanto, que a castração pode ser positiva tanto em termos de longevidade quanto na qualidade de vida do animal.

Vamos aproveitar o mês de outubro para apoiar também o combate ao câncer de mama nos bichos, lembrando parentes e amigos que possuem fêmeas sobre esses cuidados tão importantes para o bem-estar de nossos grandes amigos.




Fonte: Saúde

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

As principais mudanças de um cachorro idoso e os cuidados necessários


Assim como ocorre com os humanos, à medida que os cães vão envelhecendo, eles mudam de comportamento , aparência e apresentam uma saúde mais fraca. Por isso é preciso acompanhar bem de perto o cachorro idoso para que o bem estar dele esteja garantido. 

Por volta dos 6 e 7 anos o animal começa a mostrar os primeiros sinais da "terceira idade". Isso não significa que qualquer mudança no comportamento ou na saúde a partir deste período seja por causa da velhice, mas sim que o cachorro idoso vai precisar de uma atenção maior quando o assunto for cuidado e saúde. 

Mudanças esperadas

Algumas alterações corporais são normais, elas podem variar de um animal para o outro. Por isso, nessa fase da vida, a ida do cachorro ao veterinário, pelo menos de 6 em 6 meses é muito importante. Só assim o dono saberá qual a real necessidade do bichinho e o que precisa ser reforçado. 

Por exemplo, com a alteração no metabolismo, a quantidade necessária de calorias diminui e, se a ração permanecer a mesma, o risco de obesidade aumenta muito. Até por que a quantidade de exercícios realizada pelo cachorro tende a diminuir. 

Outro grande problema está na boca. A maioria dos cães idosos possui um bafo muito forte, geralmente causado pela doença periodental , provocada pelo acumulo e mineralização da placa bacteriana nos dentes. As bactérias da boca acabam migrando para outros órgãos através da corrente sanguínea, diminuindo a expectativa de vida do animal. 

Além disso, a probabilidade do cachorro idoso ter doenças como câncer, hipotireoidismo, artrite, catarata, surdez e problemas renais, aumenta muito. A partir do momento em que o cachorro desenvolve alguma dessas doenças, ele pode sofrer algumas mudanças no comportamento. 

Com isso o animal pode se tornar muito agressivo quando alguém chega perto, ele está com dor e não quer ser tocado. Aquele bichinho que sempre fez xixi no lugar certo pode começar a fazer as necessidades em locais errados, ele não consegue mais segurar para chegar até o tapete higiênico. Ou então o cão que para de obedecer algumas ordens, ele pode estar com problemas na visão ou na audição. 

O que fazer?

O que o dono de um cachorro com idade avançada tem a fazer é monitorar e prevenir. Monitorar o comportamento, a quantidade da comida que o animal está ingerindo, a regularidade de idas ao tapete higiênico. Se for notada qualquer mudança, já existe um motivo para levar o bichinho ao veterinário e, se for o caso, realizar alguns exames. 

A prevenção pode ser feita através da qualidade de vida que é dada ao cachorro idoso. Se ele tiver muito carinho, não ficar um longo período sozinho e possuir uma quantidade regular de exercícios já é um bom começo. A alimentação pode ser enriquecida com frutas e vegetais. Além disso, o bichinho pode receber massagem para melhorar a circulação, acupuntura e fazer um tratamento homeopático para melhorar a imunidade. 



Fonte: Canal do Pet

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Ração hipoalergênica ajuda a identificar o causador da alergia em gatos


É comum cães e gatos desenvolverem alergias a certos alimentos ou mesmo intolerância. Nesse caso o tutor deve investigar qual elemento da dieta do pet está causando esse tipo de problema de saúde. Dependendo da situação, a ração hipoalergência pode ajudar.

Muito mais do que cachorros, os felinos são afetados por essa complicação. Embora não seja tão comum encontrar esse tipo de alergia nos animais, às vezes existe algum componente na ração do pet que prejudica sua saúde e o tutor demora a perceber. Mas qual os benefícios da ração hipoalergênica? Entenda quando oferecer esse tipo alternativo e sua utilidade.

A alergia alimentar em pets é manifestada por meio da coceira constante, acompanhada de irritação na pele, bem como de vômito e diarreia. Dependendo da gravidade, pode levar à falta de ar e sufocar o animal. Mas é importante não confundir com a intolerância a certas comidas. Esta é uma reação repentina e rápida do corpo ao entrar em contato com algum alimento que não consegue digerir. 

Existem algumas versões dessa ração. Normalmente a causa da alergia é alguma proteína ao qual o pet não se adaptou. Então, cada tipo vai restringir uma proteína específica que prejudica o gato. A quantidade desse elemento pode ser nulo, como tão baixa a ponto de não desenvolver qualquer problema.

Além de agir diretamente no alergênico, não contém corantes e qualquer elemento em sua composição que possa desencadear outras reações

Qual ração utilizar?

A dieta de eliminação, como é chamado o processo de descoberta do ingrediente alergênico, pode ser feita de três maneiras diferentes. Em casa mesmo, com restrição de certas comidas, por meio de rações comerciais mais restritas ou as que contêm proteínas hidrolisadas (quebradas pelas moléculas de água e mais fáceis de serem digeridas). Essa última costuma ter em sua composição soja, galinha, caseína e fígado. E nem sempre é agradável ao paladar do pet e leva um tempo até aceitá-la.

Na hora de escolher o novo tipo de comida para o gato, o objetivo é substituir a proteína por outra de mesma fonte, mas que não faz mal ao pet. Por exemplo, se o peixe prejudicá-lo, é só pegar uma que tenha a proteína da carne, porém seja de outro animal.

Ração caseira

Se for difícil encontrar ração hipoalergênica para comprar, pode-ser preparar uma comida caseira. Para isso, é importante introduzir uma fonte de carboidrato e uma de proteína. Mas lembre-se de consultar o veterinário antes de qualquer mudança na dieta do animal. Afinal, é a saúde dele que está em jogo.



Fonte: iG

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Cirurgia a laser para Glaucoma

Nessa semana estamos falando sobre a "Cirurgia a laser para Glaucoma", um tratamento eficaz, menos invasivo e com menores complicações pós-operatório. O veterinário Luiz Fernando Lucas Ferreira é especialista nesta área e realizou recentemente uma cirurgia desse tipo em nossa clínica. Confira um trecho!


terça-feira, 19 de setembro de 2017

Tratamento cirúrgico do glaucoma por ciclofotocoagulação a laser em cães

Surgical treatment of glaucoma by laser cyclophotocoagulation in dogs

Lilian Santos Lage1, Luiz Fernando Lucas Ferreira2

1 Graduanda do Curso de Medicina Veterinária da PUC Minas Betim
2 Professor do Departamento de Medicina Veterinária da PUC Minas, Rua do Rosário 1.081, Bairro Angola, CEP 32.630-000, Betim, Minas Gerais, Brasil, lfv@hotmail.com

RESUMO: O glaucoma é uma das oftalmopatias mais importantes da atualidade, sendo uma das doenças oculares mais estudadas no mundo. Porém, apesar de tantos estudos, até hoje não há um consenso entre os médicos veterinários sobre qual o melhor tratamento para esta afecção. Com os avanços da tecnologia, como o surgimento do laser oftalmológico, novas técnicas para o tratamento cirúrgico do glaucoma foram criadas, sendo cada vez mais eficazes, menos invasivas e com menos complicações pós-operatórias. Um exemplo de uma dessas técnicas relativamente novas é a ciclofotocoagulação a laser, que tem demonstrado ser uma das mais eficazes para o controle da PIO. Porém, essa técnica ainda foi pouco estudada. No presente trabalho foi realizado um experimento em oito cães diagnosticados com glaucoma, totalizando onze olhos, com o objetivo de avaliar a eficácia da ciclofotocoagulação a laser no tratamento do glaucoma. Houve diminuição da PIO em 100% dos cães operados e a técnica mostrou-se eficaz, mantendo a PIO entre os valores de normalidade em 55% dos casos.
Palavras-chave: Cão. Glaucoma. Ciclofotocoagulação. Tratamento.

ABSTRACT: Glaucoma is one of the important eye diseases today, one of the most studied eye diseases in the world. However, despite many studies, to date there is no consensus among veterinarians about the best treatment for this medical condition. With advances in technology, such as the emergence of ophthalmic laser, new techniques for the surgical treatment of glaucoma were developed, which are increasingly more effective, less invasive, and causing less postoperative complications. An example is the relatively new cyclophotocoagulation laser, which has proven to be one of the most effective techniques for IOP control. However, there have been few studies on this technique. An experiment using eight glaucomatous dogs - total of eleven eyes – was carried out to evaluate the effectiveness of laser cyclophotocoagulation as a treatment for glaucoma. This experiment shows a decreased in IOP in 100% of the operated dogs, and the technique has been proven effective, maintaining normal IOP levels  in 55% of the cases.

Keywords: Dog. Glaucoma. Cyclophotocoagulation. Treatment.

INTRODUÇÃO

A oftalmologia veterinária é uma especialidade que se encontra em constante expansão, em razão do aumento do diagnóstico das oftalmopatias em cães, que, devido aos avanços da medicina veterinária, tiveram sua expectativa de vida aumentada. Com isso, é de grande importância para os médicos veterinários o conhecimento das doenças oculares que são mais frequentemente encontradas na clínica de pequenos animais. Entre essas se destaca o glaucoma, que é uma síndrome que acomete animais de diferentes espécies e em diferentes momentos de sua vida, tendo causas variáveis. É uma emergência oftalmológica sendo considerada uma das maiores causas de perda de visão em cães, tendo a ocorrência de aproximadamente 0,8% na população canina.

A definição de glaucoma tem evoluído nas últimas décadas. Assim como as formas de tratá-lo, que ainda é um assunto que gera discussão entre os médicos veterinários.

Como os primeiros sinais do glaucoma passam despercebidos pelos proprietários, ao ser diagnosticado, geralmente já se encontra avançado, dificultando o sucesso do tratamento, pois na maioria das vezes os indicativos da doença só são notados quando a pressão intraocular (PIO) já se encontra muito elevada.

Atualmente existem várias formas de tratamento do glaucoma, medicamentoso e/ou cirúrgico. Porém, não há um consenso entre os profissionais sobre a melhor forma de tratá-lo. Primariamente a terapia de escolha é a medicamentosa, através de fármacos mióticos, inibidores de anidrase carbônica, agentes colinérgicos, análogos da prostaglandina ou hiperosmóticos. Mas, sabe-se que, em alguns casos, o glaucoma torna-se refratário à terapia medicamentosa ao longo do tratamento, e a intervenção cirúrgica faz-se obrigatória para o alívio da dor e do desconforto ocular.

Neste experimento a técnica cirúrgica para o tratamento do glaucoma que será discutida é a ciclofotocoagulação a laser, utilizando laser diodo; por ser uma cirurgia pouco estudada e realizada aqui no Brasil, é mais fácil de ser executada, menos invasiva, menos traumática, causa menos danos teciduais e menos processos inflamatórios.

Este experimento teve como objetivo avaliar quali-quantitativamente a eficácia da ciclofotocoagulação a laser no controle da PIO para o tratamento do glaucoma canino.

METODOLOGIA

Foram utilizados oito cães, de raças variadas, sendo cinco machos e três fêmeas, portadores de glaucoma crônico uni ou bilateral. O grupo foi composto por cães atendidos pelo serviço de oftalmologia da Clínica Veterinária Professor Israel, situada na cidade de Belo Horizonte/MG.
Os cães do presente estudo foram previamente submetidos ao exame oftalmológico de rotina e quando houve a constatação do aumento da PIO, acima de 30mm/ Hg, ou seja, após o diagnóstico do glaucoma, foi oferecido aos proprietários o tratamento cirúrgico.

A tonometria realizada foi a de aplanação, utilizando-se o tonômetro, próprio para cães, da marca Tonopen®, modelo Avia.

Por ser este estudo um experimento, uma ficha de cadastro e consentimento do procedimento foi elaborada, anexo 1.  Os animais foram submetidos aos exames de rotina pré-operatórios: hemograma completo, bioquímica sanguínea completa e eletrocardiograma.

Para o procedimento cirúrgico, os cães receberam como medicação pré-anestésica (MPA)xilazina 2% (Dopaser – cloridrato de xilazina 2% - Hertape Calier, Brasil), na dose de 0,5mg/kg/IM associada à morfina (Dimorf – sulfato de morfina – Cristália, Brasil), na dose de 0,2mg/kg/IM, aplicadas na mesma seringa.

Como anestésico local, foi utilizado colírio de tetracaína, instilando uma gota a cada trinta segundos num total de três gotas, previamente ao início da cirurgia e da antissepsia local com solução tópica de povidine e solução fisiológica de NaCl 0,9% estéril (Solução de Cloreto de Sódio 0,9% - Laboratório Sanobiol Ltda., São Paulo –SP, Brasil).

Após a MPA foi providenciado acesso da veia cefálica direita com cateter 22G (Cateter Angiocath BD – 22G – São Paulo – SP, Brasil) e manutenção de fluidoterapia com solução de cloreto de sódio a 0,9%, em infusão calculada pela dose de 10ml/kg/h. A indução anestésica foi feita logo após a realização do acesso venoso com propofol (Propovan – propofol 1% - Cristália, Brasil) na dose de 2,0 a 4,0mg/kg/IV, observando-se perda de reflexos e permitindo a intubação orotraqueal.

A manutenção anestésica foi feita com isoflurano (Forane – isolflurano – Abbott, Brasil), diluído em oxigênio 100% pelo uso de vaporizador universal, em circuito de reinalação parcial de gases, utilizando-se para controle da profundidade os planos de Guedel.

O procedimento cirúrgico foi realizado com aparelho de laser cirúrgico, THERAVET, regulado para realizar pulso único de radiação de laser na potência de 9000mW (Figura 2). Os disparos de laser foram realizados em contato com a esclera a aproximadamente 3mm do limbo, evitando-se as posições de 3h e 9h para não correr o risco de acertar as artérias ciliares (Figura 3). Foram dados doze tiros em cada olho operado (Figura 4).

O pós-operatório constituiu-se de colírio antiglaucomatoso cloridrato de dorzolamida, duas vezes ao dia, e antibiótico clorofenicol, quatro vezes ao dia durante sete dias.

Houve recomendação da utilização de colar elisabetano para evitar possível lesão ocular causada pelo esfregar dos olhos.

Os pacientes fizeram retornos clínicos a cada sete dias para avaliação da PIO, num total de três retornos.

Os cães que obtiveram valor da PIO normalizada no primeiro retorno foram dispensados do uso dos colírios e assim permaneceram desde que os valores da PIO estiveram normais nos demais retornos.
Para análise estatística dos valores das PIO antes e após o procedimento cirúrgico utilizou-se o Teste de Wilcoxon para diferença entre pares ordenados.

Figura 2: Laser Thera Lase Surgery



Figura 2: Laser Thera Lase Surgery utilizado durante o experimento para realização da ciclofotocoagulação a laser em cães.

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 3: Locais de aplicação do laser


Figura 3: Locais de aplicação do laser diodo para ciclofotocoagulação a laser, e locais a serem evitados por causa das artérias ciliares.
Fonte: LAUS, 2009.

Figura 4: Disparo de laser diodo em olho de cão


Figura 4: Disparo de laser diodo em olho de cão com glaucoma crônico
Fonte: Arquivo pessoal

RESULTADO E DISCUSSÃO

Durante o experimento oito cães passaram pelo processo cirúrgico de ciclofotocoagulação a laser, totalizando 11 olhos operados, para a verificação da eficácia deste procedimento, como demonstrado no quadro 1. Foram considerados bem sucedidos os olhos que tiveram redução da PIO abaixo de 30mmHg e acima de 15mmHg. Dos 11 olhos operados os 11 tiveram diminuição da PIO após a cirurgia na ordem de 57,15%, como demonstrado no quadro 2. Os animais que não tiveram a PIO diminuída abaixo de 30mmHg, no caso 3 olhos, o que corresponde a 27,27%, estão sendo tratados com colírios antiglaucomatosos. De acordo com o Teste de Wilcoxon houve diferença significativa (p<0,05) nas PIO antes e depois da cirurgia, tanto no olho esquerdo quanto no olho direito.

Nos estudos realizados por Hardmand e Stanley (2001) e Sapienza e van der Woerdt (2005) os cães utilizados foram diagnosticados com glaucoma primário. Neste experimento, devido à falta de equipamento necessário para diferenciação de glaucoma primário do glaucoma secundário, os cães selecionados foram somente diagnosticados com glaucoma levando em consideração a PIO acima de 30 mmHg, sem ser feita a diferenciação dos tipos de glaucoma. Devido a esse fato, pode haver diferenças estatísticas nos resultados obtidos neste experimento, quando comparando aos de Hardmand e Stanley (2001) e Sapienza e van der Woerdt (2005).

Quadro 1. Informação de sexo, raça e olho acometido dos cães utilizados no experimento.


Quadro 1. Informações coletadas sobre o sexo, raça e olho acometido dos cães utilizados no experimento, nas quais OE significa olho esquerdo e OD significa olho direito.

De acordo com Hardmand e Stanley (2001), a técnica de ciclofotocoagulação a laser, com laser diodo, é eficaz e os mesmos obtiveram sucesso em 92% dos casos. Já Sapienza e van der Woerdt (2005) realizaram um estudo associando a ciclofotocoagulação a laser com gonioimplante (Ahmed) e obtiveram sucesso em 76% dos casos. Ambos corroboram com esse experimento, o qual obteve sucesso em 55% dos casos, nos quais os cães ficaram com a PIO após a cirurgia abaixo de 30mmHg e acima de 15mmHg, em curto prazo. Somente 2 olhos não tiveram a PIO diminuída abaixo de 30mmHg, o que corresponde a 27,27% dos casos. Se fossemos considerar apenas a diminuição da PIO a eficácia da ciclofotocoagulação a laser seria de 100% nos casos desse experimento, já que em todos os olhos houve diminuição significativa da PIO após a cirurgia. A diferença destes dois trabalhos em comparação a este experimento foi a potência da energia utilizada. Hardmand e Stanley (2001) utilizaram o laser diodo com a potência de 1000 mW (milliwatts), enquanto Sapienza e van der Woerdt (2005) realizaram o estudo em dois grupos utilizando energias diferentes, em um dos grupos a energia era considerada alta, entre 1500 – 1700mW, no outro grupo a energia era considerada baixa, ficando entre 800 – 1500mW. Independente da energia, observou-se que o laser diodo é eficaz na redução da PIO, como já discutido anteriormente. A observação feita por Sapienza e van der Woerdt (2005) é que, quando o laser diodo é utilizado com uma energia mais baixa há menos complicações pós-operatórias, porém a durabilidade do procedimento é menor, sendo de até 6 meses. Enquanto em energias mais altas a cirurgia pode causar mais reações pós-operatórias, entretanto, a eficácia da cirurgia é observada por até 18 meses.

Quadro2. Aferição da PIO pré e pós-cirúrgica


Quadro 2. Aferição da PIO pré e pós-cirúrgica dos animais utilizados durante o experimento, na qual OE significa olho esquerdo e OD significa olho direito.*Estes olhos não passaram por procedimento cirúrgico.

Outra discrepância observada entre os estudos é a diferença na quantidade de disparos dados. Neste experimento foram dados 12 tiros em cada olho operado. Enquanto no estudo de Hardman e Stanley (2001) foram feitos 25 tiros, e no estudo de Sapienza e Van Der Woerdt (2005), o grupo de cães que foram operados com energia mais alta recebeu de 30 a 50 disparos, enquanto o grupo operado com energia mais baixa recebeu de 12 a 25 disparos. Nos dois trabalhos não houve discussão sobre a influência da quantidade de disparos sobre a eficácia do procedimento cirúrgico e/ou complicações pós-operatórias. Portanto, essa é uma questão que ainda merece ser estudada e discutida, já que há uma grande disparidade na quantidade de disparos que devem ser feitos durante o procedimento cirúrgico.

Esse estudo acompanhou os animais durante um mês, sendo considerado um período de tempo curto para avaliar a eficácia da ciclofotocoagulação a laser em longo prazo. Porém, de acordo com Hardman e Stanley (2001), em 85% dos casos a cirurgia foi eficaz, mantendo a PIO nos valores de normalidade, por mais de 6 meses, o que demonstra eficácia da mesma também em longo prazo. Em contrapartida, os procedimentos realizados com laser Nd:YAG obtiveram sucesso em 83% dos casos durante 3 a 6 meses.

Segundo Hardmand e Stanley (2001) tanto o laser Nd:YAG quanto o laser diodo produzem efetiva ciclodestruição em tecidos, porém no caso do laser diodo a ciclodestruição ocorre com menor necessidade de energia, levando a uma menor reação inflamatória dos tecidos e menores complicações pós-operatórias. As seguintes complicações pós-operatórias foram observadas tanto por Hardmand e Stanley (2001) quanto por Sapienza e Van Der Woerdt (2005): catarata, ceratoconjuntivite seca, hifema, úlcera de córnea, phthisisbulbi. No OE do cão C3 observou-se um aumento da PIO no segundo retorno, com abrupta redução da mesma no terceiro retorno. Pode-se especular que ocorreu exacerbada formação de células inflamatórias, que obstruíram a saída do humor aquoso causando o aumento da PIO, e por seguinte houve a desobstrução da saída do aquoso levando à queda da PIO. Ademais, durante o acompanhamento dos cães para este estudo não foram observadas quaisquer complicações pós-cirúrgicas, mas, como já mencionado antes, os cães foram acompanhados por um curto período de tempo (30 dias), não podendo ser observadas complicações que aparecem ao longo do tempo.

CONCLUSÃO

O glaucoma é uma das oftalmopatias mais importantes da atualidade, sendo uma das doenças mais estudadas no mundo. Com os avanços da tecnologia, como o surgimento do laser oftalmológico, novas técnicas para o tratamento cirúrgico do glaucoma foram criadas, sendo cada vez mais eficazes, menos invasivas e com menos complicações pós-operatórias. Um exemplo de uma técnica relativamente nova é a realizada neste experimento, a ciclofotocoagulação a laser, que tem demonstrado ser uma das técnicas mais eficazes para o controle da PIO.

Dentro das condições em que foi realizado o presente experimento, conclui-se que a utilização do laser diodo infravermelho em pulso único na potência de 9000mW é eficaz para o controle da PIO em cães. Porém, por ser um estudo recente e com técnica cirúrgica pouco difundida na literatura, não havendo um padrão de quantidades de tiros disparados e níveis de energia ideal. novos estudos devem ser realizados. Assim como estudos que avaliem se esta técnica pode ser considerada um tratamento definitivo para o glaucoma.

REFERÊNCIAS

ABRAMS, K.L. Medical and surgical management of the glaucoma patient. Clinical Techniques in Small Animal Practice, vol. 16, nº1, February, 2001: pp. 71-76

BARTELS, K. E. Lasers in veterinary medicine – where have we been, and where are we going? The Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 32, n.3, p. 495-515, May, 2002.

BERNARDES, Joana Roque. Tratamento do glaucoma canino. 2008. 75f. (Mestre em Medicina Veterinária) – Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Medicina Veterinária, Lisboa.

FARIAS, Luana Caroline Souza. Clínica cirúrgica de pequenos animais: Síndrome glaucomatosa em cães – revisão de literatura. 2012. 40f. Monografia (conclusão de curso) – Centro Universitário Luterano de Ji – Paraná – CEULJI/ULBRA.

GILMOUR, M. A. Laser applications for corneal disease.Clinical Techniques in Small Animal Practice, vol. 18, nº3, August, 2003: pp 199-202.

GILMOUR, M.A. Lasers in ophthalmology. The Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice,v. 32, n.3, p. 649-672, May, 2002.

HARDMAN, C; STANLEY, R.G. Diode laser transscleral cyclophotocoagulation for treatment of primary glaucoma in 18 dogs: a retrospective study.VeterinaryOphthalmology, v. 4, n. 3, p. 209-215, 2001.

KASECKER, Giuliana Gelbcke. Tratamento cirúrgico filtrante do glaucoma associado ao uso tópico de ácido salicílico no cão. 2004. 62f. (Mestre em Ciências Veterinárias) – Universidade Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Setor de Ciências Agrárias, Curitiba – PR.

KRONBERGER, C. The veterinary technician’s role in laser surgery. The Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 32  p. 723-735, 2002.

LAUS, José Luiz. Oftalmologia clínica e cirúrgica em cães e em gatos. São Paulo: Roca, 2009.

MARTINS, et al. Síndrome glaucomatosa em cães – parte 1. Ciência Rural, Santa Maria, v. 36, n. 6, p. 1952-1958, nov-dez, 2006.

ORIÁ,et al. Glaucoma secundário em cães e gatos. Medicina Veterinária, Recife, v. 7, .3, p. 13-22, 2013.

RIBEIRO, et al. Síndrome glaucomatosa em cães – parte 2. Ciência Rural, Santa Maria, v. 37, n. 6, p. 1828-1835, nov-dez, 2007.

SAPIENZA, J.S; VAN DER WOERDT, A. Combined transscleral diode laser cyclophotocoagulation and Ahmed gonioimplantation in dogs with primary glaucoma: 51 cases (1996-2004).Veterinary Ophthalmology, v. 8, n. 2, p. 121-127, 2005.
STADES, Frans C. et al. Fundamentos de Oftalmologia Veterinária. São Paulo: Manole, 1999.


WALDE, Ingo; et al. Atlas de Clínica Oftalmológica do cão e do gato. São Paulo: Manole, 1998.