terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Animais podem se bronzear ou o sol faz mal para os pets?


No verão, os passeios com o seu cachorro podem exigir um pouquinho mais de atenção. Assim como nós, os animais de estimação também precisam se proteger contra os raios ultravioletas e o calor intenso da temporada.

Engana-se quem acredita que eles não desenvolvem câncer de pele ou que não sofrem queimaduras solares, principalmente nas regiões mais sensíveis, como focinho, olhos e orelhas.

O excesso de exposição solar pode deixar a pele dos animais avermelhada e, em algumas situações, até levar ao aparecimento de manchinhas escuras. 

"Isso de ficar muito tempo no sol, pegar uma corzinha, descascar e depois voltar à cor normal, não acontece com eles", explica Luiz Eduardo Bagini Lucarts, veterinário e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária.

Ou seja, mesmo que você leve seu cachorro para um banho de Sol e passe horas na praia, ele não vai voltar moreninho. É mais provável, caso você exagere, que ele fique com alguma queimadura solar ou até mesmo desenvolva um câncer de pele.


De pelo branquinho

As doenças, no entanto, não são tão comuns e tendem a acontecer em cães e gatos de pelagem branco e/ou com áreas rosadas –pálpebras, lábios, abdome e nariz.

"Além da queimadura, pode ocorrer ainda a dermatite actínica, que é uma lesão pré-cancerígena", comenta a veterinária Ana Claudia Balda, coordenadora curso de medicina veterinária da FMU.

Os animais que sofrem mais com a exposição excessiva às radiações ultravioletas são os gatos brancos e os cães das raças bull terrier, boxer, pit bull, dálmata e dogo argentino.

Proteger seu pet é fácil. Abuse do filtro solar com FPS 30 (no mínimo) que seja, de preferência, veterinário. Normalmente, eles são à prova d'água, de rápida absorção e têm gosto amargo para evitar que o animal lamba. Caso sejam ingeridos, eles não costumam fazer mal à saúde dos peludos.

O protetor solar humano também pode ser usado, mas exige que alguns cuidados sejam tomados. É que eles podem fazer mal se o animal lamber a área com o produto, então monitore seu bichano, e privilegie um produto sem perfume e hipoalergênico.

Nos dias de Sol muito quente, evite ainda fazer passeios das 10h às 16h, horário em que os raios ultravioletas estão mais fortes.

Apesar dos problemas em relação à exposição excessiva ocorrerem na região do focinho e do abdome, onde o pelame por natureza já é mais escasso, evite a tosa completa nos cães de pele clara. "O pelo funciona como uma barreira mecânica contra o Sol e ajuda a proteger a pele", explica Lucarts.


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