quinta-feira, 22 de junho de 2017

Inverno para pets: respostas a algumas perguntas comuns


É hora de tirar os agasalhos do fundo do armário, em preparação para a estação mais fria do ano. Ainda que nossa região não sinta de maneira tão abrupta como em outros locais do Brasil e do mundo as quedas da temperatura com a chegada do inverno, há sim mudanças relacionadas ao clima que podem afetar tanto humanos quanto os pets. Mas para não cair na desinformação e acabar perpetuando algumas ideias que nem sempre são do jeito que comumente ouvimos falar, que tal revermos algumas dúvidas comuns sobre o inverno para os bichinhos?

Meu pet estará mais propenso a doenças nessa época?

O inverno é, efetivamente, uma estação mais propensa àquelas doenças típicas das baixas temperaturas. Por isso, é importante preparar os pets para passarem pela estação com um bom estado imunológico e condição corporal, principalmente colocando as vacinas e vermífugos em dia. No caso de filhotes e idosos (menos resistentes que os pets adultos), portadores de doenças crônicas e algumas outras doenças específicas (como leucemia felina ou imunodeficiência, cardiopatias ou doenças do aparelho locomotor), o alerta deve estar ainda mais ligado durante o período, já que o frio pode agravar os quadros.

Sintomas parecidos com o da gripe a que estamos habituados também devem ser observados nos amigos: tosse, coriza, dificuldade para respirar, febre, cansaço… Algumas das doenças mais recorrentes no inverno são: traqueobronquite infecciosa canina, bronquite e rinotraqueíte felina, cinomose, doença do trato urinário interior felino (DTUIF) e artrose/artrite.

Devo parar de tosá-lo?

Como sabemos, a pelagem não está nos pets à toa – ela é um ótimo isolante térmico natural. Justamente por ser natural, médicos veterinários em geral recomendam evitar durante os dias mais frios as tosas muito baixas, que retirarão a proteção do próprio corpo. Mas vale lembrar que as tosas higiênicas são importantes para manter a limpeza em dia, principalmente para os cães mais peludos, portanto considere não abrir mão delas.

Preciso oferecer mais comida?

Muita calma nessa hora! É comum que os tutores, mesmo não mal intencionados, ofereçam mais comida que o necessário para os bichos, e no inverno isso pode se intensificar. O fato é que o frio pode até pedir, sim, uma adaptação metabólica e corporal, mas isso vale para locais e dias muito frios e exposição efetiva, quando é necessário um maior consumo energético para preservar a temperatura corporal (daí a importância de um pet bem alimentado). Mas em geral, isso não é motivo para exagerar no fornecimento de alimentos, especialmente nas regiões tropicais – a obesidade é um problema sério que precisa ser evitado.

Posso usar roupinhas e sapatinhos para aquecê-los?

Esse assunto pode ser um pouco polêmico. Na dúvida, o ideal é fazer o que sente ser mais apropriado para o seu pet, acompanhando bem de perto como ele se sente com as roupinhas ou os sapatos. Há cães e gatos que não aguentam um minuto sequer com as roupas; nesse caso, não vale a pena causar o desconforto. Mas se o seu pet tem pelagem curta e lida bem com o acessório, pode ser útil colocar, em dias bem frios, um look confortável nele (evite lã e tricô e verifique bem se as costuras não estão muito apertadas no pescoço e patas).

Já com relação aos sapatinhos e meias, há quem diga que não são uma boa ideia. As patas dos cachorros possuem o formato e características que os pets precisam e, de forma geral, pode não ser proveitoso para eles “vedar” o contato das patas com as superfícies, já que sua própria anatomia é pensada para que o cão suporte o contato com o solo – a falta do contato pode inclusive atrapalhar seu equilíbrio. As patas estão relacionadas não somente com os passos: você sabia que os pets também transpiram pelos coxins, as “almofadinhas” localizadas nas patas? Por tudo isso, talvez não seja interessante tampar a região, a não ser que haja uma situação específica em que a vedação possa ser útil.

Paro de passear com ele?

As caminhadas são a melhor maneira de, junto com uma alimentação balanceada, evitar a obesidade e ainda ajudar com ansiedade, agitação e estresse. Se o dia não for de chuva, não há por que privar os cães de passeios, nas horas mais amenas do dia.

Com a chegada do friozinho, considere reforçar a cama dos cães e gatos com tecidos quentinhos e até mesmo colocar um revestimento de borracha ou um estrado entre a cama e o chão.



Nenhum comentário:

Postar um comentário