quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Veterinários alertam sobre obesidade em animais de estimação

 
De acordo com a Associação Médica Veterinária Americana, a estimativa no Brasil é que 30% dos cães e 25% dos gatos sejam obesos.
 
A obesidade não é mais um problema exclusivo dos seres humanos e já chegou aos animais de estimação. De acordo com a Associação Médica Veterinária Americana, a estimativa no Brasil é que 30% dos cães e 25% dos gatos sejam obesos. Os dados servem de alerta aos donos sobre fofura dos bichinhos.
 
Segundo a veterinária Fernanda Oliveira, dependendo da causa, são indicadas rações diferenciadas e, em casos mais graves, medicação, além de exercícios físicos.
 
"Os animais que são criados para companhia desenvolvem ainda mais a obesidade, porque ficam apenas em casa, e não realizam nenhum tipo de atividade física", comenta a especialista.
 
As principais causas estão relacionadas a fatores hormonais, causas hereditárias, castração, raças.
 
Nos cães, raças como Labrador, Beagle, Bulldog Inglês, Cocker Spaniel, Golden Retriever, Dachshund, Basset Hound, Pug, Schnauzer, Rottweiler e Bernese tem predisposição a obesidade.
 
A maioria dos felinos que adquirem a doença pertence às raças domésticas, especialmente os de pelo curto.
Devido à doença, os bichinhos com obesidade apresentam diversas complicações no organismo, tais como dificuldades locomotoras, articulares, respiratórias, e até problemas mais como diabetes e problemas hepáticos e de pele.
 
Outro perigo apontado pelos veterinários está em oferecer alimentos que comemos no dia a dia. Mesmo os alimentos elaborados especialmente para os cães e gatos merecem atenção.
Para o veterinário Roberto Melo Filho é necessário uma reeducação alimentar.
 
"É preciso oferecer pequenas quantidades, de acordo com a idade e peso do animal. Até os petiscos precisam ter cuidado. Os medicamentos podem até ser usados, mas se for em conjunto com a reeducação", afirmou ele. “Os animais tem que ter um acompanhamento e orientação. Muitas vezes, o animal tem que perder peso antes de ser colocado dentro de uma piscina, porque corre o risco que de sofrer um infarto”.
 
Fisioterapia
A fisioterapia na Medicina Veterinária surgiu como um método para que não fosse necessário submeter o animal a medicamentos.
 
Desta forma, de acordo com a fisioterapeuta veterinária, Priscilla Nascimento, o não uso destes remédios poupará os rins, fígado e outros órgãos do animal.
 
A especialidade ainda é pouco conhecida em Manaus, mas chega como um bônus no auxílio da perda de peso e melhora nas articulações.
 
Entre os exercícios estão a hidroginástica, a natação, esteira e massagens. Para cada paciente é montado um tipo de tratamento exclusivo. Uma vez que em alguns casos poderá haver lesões secundárias devido à obesidade.
 
"A realização exercícios físicos é a forma mais eficiente de aumentar o gasto energético em cães com obesidade. Geram força muscular, aumentando a potência muscular aeróbica, coordenação, flexibilidade, auxiliam o sistema vascular, respiratório e osteoarticular (ossos e articulação)", afirmou Priscila.
 
É preciso ter cuidados com a natação. Se o bichinho estiver muito debilitado, pode sofrer pioras no quadro clínico.
 
“A atividade física é muito importante, além de tirar o estresse e ansiedade do animal, ele ficará mais ativo, terá uma qualidade de vida bem melhor. Durante os exercícios, a companhia do dono também é muito importante”, destacou Priscilla Nascimento. “Os exercícios usados devem ser realizados todos os dias, com a supervisão de um fisioterapeuta veterinário, que usará técnicas em tempo e frequência”.
 
Dicas
1) Os exercícios usados em combinação com terapia dietética irá promover a perda de gordura. Qualquer animal, idade ou raça deve fazer exercícios regulares de forma adequada e moderada.
 
2) Evite que o animal escale parede, pule em excesso, corram em piso liso, caminhadas e corridas extensas, pois podem ocasionar lesões que acometem frequentemente os animais como ruptura de ligamento cruzado, luxação de patela, agravar casos de displasia coxofemoral, problemas cardiorrespiratórios, dentre outras patologias.
 
3) É interessante realizar brincadeiras com um pedaço de madeira ou bola, dependendo do grau de obesidade maneirar nos exercícios, ir aumentando conforme resistência do paciente.
 
4) Para felinos, podemos encorajá-los com brinquedos que se movimentam. Ele ficará mais ativo, esperto, tirará o estresse do animal. Acenda um facho de luz nas paredes para estimular seu gato a se divertir, caçando-o. Lasers usados por professores em aula são uma boa opção.
 
Fonte: Amazônia/animais

Nenhum comentário:

Postar um comentário