Donas de cachorro muitas vezes ficam em dúvida se devem se expressar como “donas” ou verdadeiras“mães” dos seus animais. Algumas se sentem mães, mas ficam constrangidas de externar este sentimento a outras pessoas.
Acredito que a grande maioria dos indivíduos tem a consciência que não deve deixar o seu cachorro largado por aí, tratá-lo como escravo, mantê-lo constantemente preso ou deixá-lo passar fome. Ainda bem que tratar mal estes fiéis amigos é mais uma exceção do que uma regra.
Existe um grupo significativo que trata o seu animal como um membro da família, como um verdadeiro “filho”:
Eles podem andar e ficar por toda a casa (respeitando alguns cômodos ou móveis – como aquele sofá reservado para as visitas); têm o seu próprio espaço com casinha e cama confortável; roupa lavada; comida e água na hora certa; um armário para guardar comida, brinquedos e roupinhas; visitas periódicas ao veterinário; banho e tosa para se manterem lindos;
Pessoas assim levam, com prazer, o seu cachorro para fazer um passeio diário e nem pensam em sair para dar uma volta na praça sem levar junto o seu amigo;
Na hora de conversar com seu cão, estas “mamães” usam o mesmo linguajar que costumam usar com os filhos, referindo-se a ele como “mãezinha”, “meu bebê”, “meu neném”, “filhinho da mamãe”;
Cachorro tratado assim dorme dentro de casa e, muitas vezes, no quarto da sua
“mamãe”;
Se você se encaixa neste grupo, porque não se considerar e se expressar como uma verdadeira “mãe”?
Outro grupo que também ama os seus cães prefere tratá-los com mais restrições. Pessoas deste grupo se comportam como “donos” e amigos:
Restringem o acesso do cachorro a vários cômodos da casa, como quartos e sala de visitas;
O cachorro dorme em sua casinha fora de casa ou na área de serviços do apartamento;
Cuidam da saúde e do bem estar do seu cão com uma boa alimentação e visitas esporádicas ao veterinário – quando percebem algum problema de saúde ou na hora de vacinar;
Dividem o passeio diário com outros membros da família – quando moram em apartamento – neste caso o fazem principalmente como uma obrigação para que os animais façam suas necessidades fisiológicas fora de casa e pratiquem algum exercício físico. Quando moram em casa, nem se preocupam com o passeio, já que o cão tem o quintal para se exercitar.
Banhos são dados em casa, exceto no caso de algumas raças de pelo que exige maiores cuidados.
Algumas cidades dos Estados Unidos e de outros países mais desenvolvidos já até dispõem de legislação específica sobre este assunto. Pela lei, as pessoas são os “Guardiões” dos animais. O proprietário é o Estado, e não o indivíduo, e ele tem o poder de dizer quem vai cuidar do animal, como ele será cuidado, onde ele irá residir, quais os tratamentos médicos que vai ou não vai sofrer e como deverá ser alimentado. Se o indivíduo não cuidar bem do seu cachorro ele poderá ser resgatado pelo Estado e transferido para a guarda de outra pessoa ou para alguma organização especializada em cuidar de animais. Mesmo nestes casos, nada impede que as pessoas se sintam como “mães” dos seus cães.
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